França envia força de elite para capital do Mali
Terroristas invadiram o hotel Radisson Blue, em Bamako
A polícia francesa enviou cerca de 50 agentes do seu corpo de elite a Bamako, capital do Mali, após a invasão do hotel Radisson Blue por parte de um grupo de terroristas islâmicos.
A hospedagem costuma ser usada por funcionários da companhia aérea Air France. Segundo a imprensa local, o comando é formado por 12 pessoas, que mantiveram cerca de 170 reféns durante horas. Até o momento, pelo menos 80 deles foram resgatados, incluindo os colaboradores da empresa francesa.
O sequestro já deixou três mortos, mas o número de vítimas ainda pode aumentar porque o hotel é palco neste momento de uma operação das forças de segurança do país africano. "Mais uma vez os terroristas quiseram marcar sua presença bárbara em lugares onde podem assassinar e impressionar. Devemos demonstrar a nossa solidariedade ao Mali, um país amigo", disse o presidente da França, François Hollande.
O mandatário também pediu para os cidadãos franceses procurarem a Embaixada da nação europeia em Bamako para garantirem sua segurança. Ainda não se sabe ao certo quem está por trás do ataque, mas suspeita-se do grupo jihadista Al Mourabitoun - que tem Mokhtar Belmokhtar, ex-chefe da Al Qaeda no Magreb, como um dos fundadores - e da Ansar Dine, organização islâmica malinesa.
De acordo com a agência turca "Anadolu", os terroristas entraram no Radisson Blue a bordo de um carro com placa diplomática. Além disso, eles teriam libertado pessoas capazes de citar trechos do "Corão", o livro sagrado do Islã.
Situado no oeste da África, o Mali é uma ex-colônia francesa independente desde 1960. Com uma população de 15,3 milhões de habitantes e parte de seu território ocupado pelo deserto do Saara, o país é palco hoje de movimentos radicais islâmicos. (ANSA)