Oposição da Venezuela denuncia assassinato de político durante comício
O secretário-geral da Ação Democrática (AD), partido de oposição na Venezuela, Luis Manuel Díaz foi assassinato a tiros na noite desta quarta-feira (24/11) quando participava de um comício em Altagracia de Orituco.
Segundo Ramos Allup, secretário da AD e um dos líderes da coalizão que faz oposição à Mesa da Unidade Democrática (MUD), afirmou que Díaz estava no palanque com Lilian Tintori, mulher do líder opositor Leopoldo López, que cumpre pena de quase 14 anos de prisão depois de ter sido condenado pela acusação de estimular a violência nos protestos contra o governo que deixaram 43 mortos entre fevereiro e maio de 2014.
O deputado informou que o autor do crime, que ele atribuiu a "grupos armados" vinculados ao governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), atirou a partir de um veículo.
A missão de acompanhamento eleitoral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), instalada na Venezuela desde a semana passada, lamentou em um comunicado a morte do opositor e expressou o "mais enérgico repúdio a todo tipo de violência que possa afetar o desenvolvimento normal do processo eleitoral".
A Unasul também pediu uma "exaustiva investigação deste ato condenável, com o objetivo de evitar a impunidade".
O presidente do Parlamento e número dois do chavismo, Diosdado Cabello, chamou na quarta-feira de "montagens" os ataques denunciados recentemente pela oposição.
"A nova moda é: grupos armados do chavismo atacaram não sei quem. Esta já conhecemos", disse Cabello em seu programa semanal de televisão.
Nas últimas semanas, a oposição denunciou vários incidentes que envolveram seus dirigentes, entre eles o ex-candidato à presidência Henrique Capriles, que relatou um ataque armado contra ele por simpatizantes do governo.
Os venezuelanos comparecerão às urnas em 6 de dezembro para escolher os 167 deputados de uma Assembleia unicameral, controlada pelo chavismo há 16 anos.
Com informações do jornal El País