A partir de amanhã, Itália proíbe fumo em carros com crianças
Série de regras tentarão restringir acesso e danos de cigarros
A partir desta terça-feira (02), entrarão em vigor novas regras para o consumo e a venda de cigarros (e suas variações) na Itália.
A principal mudança será a proibição de fumar em carros que tenham crianças ou mulheres grávidas em seu interior com risco de uma salgada multa de milhares de euros. Além disso, quem jogar a bituca do cigarro no chão também será multado.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o fumo provoca 83 mil mortes por ano na Itália, enquanto mata seis milhões de pessoas por ano no mundo de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A OMS definiu ainda o hábito de fumar como "a maior ameaça para a saúde na região europeia". Cerca de 10 milhões de italianos afirmam serem fumantes e 23,4% dos estudantes dos primeiros anos da Universidade dizem fumar.
Confira os principais pontos da lei que entrará em vigor no país: - Imagens chocantes: Assim como ocorre no Brasil, as caixas de cigarro estamparão fotos chocantes de pessoas que sofreram com doenças decorrentes do fumo e alertas como o fato de cada cigarro conter "mais de 70 substâncias cancerígenas".
- Aditivos: Fica proibido o uso de aditivos que tornam o ato de fumar mais "atrativo", como a inclusão de sabores especiais - menta, baunilha ou ervas aromáticas - que possam modificar o cheio, gosto ou intensidade do fumo. Estão abolidas as embalagens com 10 cigarros e aquelas que contém menos de 30 gramas de tabaco por unidade.
- Publicidade: Estão proibidos todos os elementos promocionais nas embalagens e as propagandas de cigarros não poderão ser inseridas na televisão na faixa de horário das 16h as 19h.
- On-line: A partir de amanhã, está proibida a venda online de produtos derivados do tabaco e cigarros eletrônicos.
- Rastreabilidade: Será introduzido um sistema europeu para identificar e localizar todos os processos de produção para combater o tráfico ilícito de cigarros.
- Cigarros eletrônicos: Serão inseridos mais controles de segurança e qualidade e o Ministério da Saúde irá notificar quais os produtos que poderão ser vendidos. Eles devem conter ainda um folheto com instruções de uso, contra-indicações e informações sobre efeitos nocivos. (ANSA)