Italiano é encontrado morto e com sinais de tortura no Cairo

Giulio Regeni, 28 anos, tinha hematomas e queimaduras no corpo

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Terminou em tragédia o desaparecimento do italiano Giulio Regeni, 28 anos. As autoridades do Egito confirmaram que o cadáver do jovem foi encontrado na noite de ontem (03) na região de Hazem Hassan, no Cairo.    

Segundo o jornal "Al Watan", o italiano apresentava "sinais de tortura" e que ele foi encontrado "totalmente nu na parte inferior, com marcas de tortura e feridas por todo o corpo". Já a agência de notícias "Associated Press" publicou que havia sinais de "queimaduras" em várias partes do corpo.    

Ainda na noite de ontem, o ministro italiano das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, havia afirmado que o governo esperava que as notícias não fossem boas sobre o jovem.    

"O Governo italiano pediu para as autoridades egípcias o máximo empenho para a busca da verdade e do desenvolvimento dos fatos, também com o início imediato de uma investigação conjunta com a participação de especialistas italianos", publicou em nota a Farnesina (a Chancelaria do país). Por causa do desfecho trágico, foi suspensa uma missão de cerca de 60 empresários que iriam para o Cairo sob a liderança da ministro do Desenvolvimento Econômico, Federica Guidi.    

Originário da cidade de Fiumicello, Regeni desapareceu no último dia 25 de janeiro. Ele estava no Egito desde setembro do ano passado para desenvolver uma tese sobre a economia do país. O italiano foi visto pela última vez em El Dokki, um bairro central de El Giza, na região metropolitana da capital do Egito.