Macri homenageia vítimas de atentado a associação judaica

Em ato, líder argentino pediu justiça

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O presidente da Argentina, Mauricio Macri, participou da cerimônia de homenagem às vítimas do atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), que completou 22 anos na última segunda-feira, dia 18.    

"Queríamos estar presentes para que saibam que não estão sozinhos, que este governo está fazendo todos os esforços a seu alcance para saber o que aconteceu, pelas vítimas, por suas famílias e por todos os argentinos", disse Macri nas redes sociais. É a primeira vez que um líder argentino participa do evento desde 2011. A ex-presidente Cristina Kirchner tinha uma relação complicada com a organização. Ela era acusada de acobertar suspeitos iranianos de ter cometido o atentado. O vice-presidente da Associação, Ralph Thomas Saieg, disse que é "absolutamente necessário" investigar as denúncias contra a mandatária apresentadas pelo promotor Alberto Nisman, morto em circunstâncias ainda não esclarecidas.    

Nisman foi encontrado morto no banheiro de seu apartamento em Buenos Aires em janeiro de 2015, horas antes de discursar no Parlamento, quando disse que apresentaria novas provas sobre o caso. Histórico - O ataque, causado por um carro-bomba, à sede da Amia, no bairro Once, região central de Buenos Aires, deixou 85 mortos e cerca de 300 feridos.    

Os responsáveis pelo ataque terrorista nunca foram identificados com certeza ou julgados. O Judiciário argentino acusou o Hezbollah do Líbano de ter cometido o crime a pedido do governo iraniano. A Argentina registra a maior população judaica da América Latina.