China nega ter usado laser contra pilotos americanos
A China denunciou, nesta sexta-feira (4), as acusações "arbitrárias" feitas pelos Estados Unidos de que teria ferido pilotos americanos a laser em voo nos arredores de sua base militar no Djibuti.
Na quinta-feira, o Pentágono anunciou ter emitido uma queixa formal e solicitado ao governo chinês que investigue esses incidentes, que teriam ocorrido há várias semanas, disse sua porta-voz, Dana White.
"São incidentes muito graves" que "representam uma verdadeira ameaça" para os pilotos, acrescentou Dana, que disse estar "convencida" de que os responsáveis por apontarem laser de forte potência para os pilotos eram chineses.
"Depois de uma minuciosa investigação, a China dá conta à parte americana, de forma clara, de que suas pseudoacusações não correspondem à realidade", reagiu nesta sexta o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying.
"As pessoas envolvidas do lado americano deveriam velar pela veracidade de suas declarações, e não emitir conjecturas e acusações arbitrárias", destacou em entrevista coletiva.
Dois pilotos de um avião C-130 sofreram lesões leves nos olhos, quando aterrissaram na base americana do Djibuti, declarou à AFP outra porta-voz, a major Sheryll Klinkel.
Situada no aeroporto internacional do Djibuti, a base "Camp Lemonnier" do Exército americano é uma instalação permanente na África.
Em 2017, a China também abriu uma base militar no Djibuti, a alguns quilômetros da americana. É a única de que dispõe no exterior.
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