Imagens ilustram primeiro ano de Macron na Presidência da França

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Há um ano, em 7 de maio de 2017, Emmanuel Macron era eleito presidente da França ao derrotar a candidata da extrema direita Marine Le Pen, com 66,1% dos votos. A AFP fez uma retrospectiva em imagens do primeiro ano no cargo do presidente mais jovem da história do país.

- O monarca republicano -

Quando assumiu a Presidência, Emmanuel Macron se propôs a restabelecer a solenidade do poder presidencial após os cinco anos de mandato do socialista François Hollande, que se dizia um "presidente normal".

Na noite de sua vitória, Macron, de apenas 39 anos, saudou os franceses na Esplanada do Louvre, antigo palácio real, para festejar. Uma imagem inédita que deu volta ao mundo.

O jovem centrista anunciou que sua Presidência seria "jupiteriana", uma expressão que remete ao deus Júpiter, em alusão à intenção de se manter acima das pequenas disputas.

Mas o adjetivo que lhe rendeu muitas críticas da oposição, como em uma marcha anti-Macron celebrada no sábado, em Paris, onde bonecos e retratos o personificavam como Júpiter, Napoleão ou Luís XIV, o "Rei Sol".

- 'Globetrotter' -

Com seu lema "a França voltou", Macron multiplicou as viagens ao exterior para se afirmar como o líder europeu de maior visibilidade no momento. Em um ano, viajou para China, Estados Unidos, Índia e Austrália, e recebeu na França o presidente russo, Vladimir Putin; o egípcio, Abdel Fatah al Sisi; o americano, Donald Trump, e o príncipe-herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman.

Em todas as suas viagens e em um momento em que o nacionalismo e o protecionismo estão em voga, posicionou-se como líder do multilateralismo e do livre-comércio.

Também milita ativamente pela reforma da União Europeia (UE). Mas analistas afirmam que carece de aliados na Europa e que sua influência é limitada no que diz respeito a temas como o conflito sírio, as mudanças climáticas ou o acordo nuclear iraniano.

- O combativo -

Macron gosta de debater com seus opositores para tentar conquistá-los. Sempre com uma câmera por perto.

Ele usou esta tática durante a campanha presidencial, quando tentou dialogar com os funcionários de uma fábrica da multinacional de eletrodomésticos Whirlpool em Amiens, que protestavam contra seu fechamento.

Depois de chegar ao poder, repetiu o método várias vezes: com sobreviventes do furacão Irma na ilha francesa de Saint Martin, no Caribe, com agricultores irritados e recentemente com funcionários ferroviários críticos à sua reforma da empresa de trens estatal.

"Ele gosta de falar com as pessoas porque pensa que é uma oportunidade para explicar suas intenções", disse em certa ocasião o ministro do Interior, Gérard Collomb.

No entanto, não conseguiu conquistar todos os franceses. Segundo uma pesquisa publicada no domingo, 55% dos franceses se dizem decepcionados com seu primeiro ano na Presidência.

- Comandante-em-chefe -

O primeiro presidente francês a não cumprir serviço militar [abolido em 1997] buscou se impor imediatamente como comandante-em-chefe do exército francês.

No dia em que assumiu o cargo, percorreu a célebre avenida Champs Elysées em um veículo militar e poucos dias depois visitou tropas mobilizadas no oeste da África para lutar contra o extremismo islâmico.

Também anunciou um plano de 37 bilhões de euros para renovar o arsenal nuclear da França nos próximos sete anos, como parte de um importante aumento dos gastos na defesa para impulsionar a influência da França no mundo.

No mês passado, Macron ordenou um bombardeio contra a Síria, junto com os Estados Unidos e o Reino Unido, em resposta a um suposto ataque químico contra civis. Foi o primeiro ataque militar de sua Presidência.

- O presidente das selfies -

O presidente Macron é muito ativo nas redes sociais e costuma tirar selfies com simpatizantes, políticos ou celebridades.

Ele posou para uma selfie com o ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, cercado de jovens aos pés da Torre Eiffel, após uma cúpula sobre o clima em Paris, em dezembro de 2017. Também sorriu ao posar para outra selfie em janeiro com a primeira-ministra britânica, Theresa May, e outros convidados durante um jantar oficial no Victoria and Albert Museum.

Esta imagem de transparência e acessibilidade contrasta com suas relações, frequentemente tensas, com a mídia francesa, que o acusam de não se comunicar com os jornalistas ou de escolher quem vai acompanhá-lo em suas viagens.

- Um casal que encanta -

Macron e sua esposa, Brigitte, continuam encantando na França e no exterior.

Esta ex-professora, que assume sem complexos os 24 anos a mais que seu ex-aluno e atual marido, aparece a cada mês em revistas, sempre muito elegante com peças da marca francesa de luxo Louis Vuitton, encarregada de seu guarda-roupas.

Fontes do Palácio Presidencial descrevem a loira de 65 anos como uma mulher discreta, mas com muita influência sobre seu marido.

"Na minha mente sou a esposa de Emmanuel Macron, não do presidente. Não me sinto como uma primeira-dama, embora seja consciente das minhas responsabilidades", declarou recentemente a jornalistas.

No entanto, alguns criticam uma suposta atuação do casal presidencial.

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