Festival
O Festival Latinidades, considerado o maior festival de mulheres negras da América Latina, é um espaço de articulação política e cultural em torno do 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Com uma programação multilinguagem, que envolve oficinas, palestras, debates, rodas de negócios e música, esta edição do evento explora como tema o Bem-Viver, conceito que encontra ressonância nos modos de viver dos povos da floresta e povos tradicionais da América Latina.
"Estamos desdobrando o tema Bem-Viver em diversas atividades. Este é um conceito que está em disputa, apesar de ser milenar e ancestral e está mais atual do que nunca. Estamos buscando trazer várias perspectivas sobre esse tema como no campo da política pública, da reparação, da justiça e do bem-estar. O Bem-Viver é um conjunto de conceitos muito complexos, mas que está aí para contrapor esse modelo de sociedade exploratório, racista, misógino e opressor e que não é sustentável. E nada melhor do que o campo da arte e da cultura para promover essa transformação", disse Jaqueline Fernandes, diretora-geral do Festival Latinidades.
Neste domingo (23), o evento continua, mas muda de endereço: deixa o Centro Cultural São Paulo e se desloca para o Museu das Favelas. "Nossa programação é dedicada aos 50 anos da cultura hip hop, essa cultura potente que contribuiu muito para a formação dos jovens de periferia no Brasil, especialmente os jovens negros. E, como um festival de mulheres negras, trazemos esse protagonismo das mulheres na cultura hip hop com o Fórum Estadual de Mulheres do Hip Hop", explica Jaqueline. O evento no Museu das Favelas vai ocorrer entre 10h e 18h. (com Agência Brasil)