América Latina se divide sobre condenação explícita ao Hamas
Todos condenam conflito, mas responsabilização varia
Os países da América Latina condenaram unanimemente os episódios de violência em Israel, mas se dividiram quanto à atribuição explícita de responsabilidade ao Hamas.
O Brasil - que preside o Conselho de Segurança da ONU até o final do mês - convidou "a comunidade internacional a trabalhar para retomar imediatamente as negociações que levem a uma solução do conflito, que garanta a existência de um Estado palestino economicamente viável, que coexista pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambas as partes".
O México seguiu a mesma linha, chamando de "essencial retomar o processo de negociações diretas e de boa fé entre as duas partes, para alcançar um acordo de paz justo, completo e definitivo".
A embaixada mexicana em Israel também recomendou aos cidadãos residentes e visitantes que "tomem precauções extremas e prestem atenção às instruções das autoridades locais".
A posição de Buenos Aires foi mais clara (duas vítimas de nacionalidade argentina foram registradas até agora nos confrontos), classificando as ações do Hamas como "terroristas" e implementando medidas urgentes para reforçar a segurança contra possíveis alvos israelenses no país.
O governo colombiano também expressou uma posição clara, afirmando que "a escalada da violência torna ainda mais urgente a necessidade de retomar o diálogo e um processo de paz que leve a uma solução definitiva que permita a israelenses e palestinos viverem em paz".
Em contraste, Cuba e Venezuela, embora pedindo às partes envolvidas no conflito que acabem com a violência, apontaram "a violação dos direitos históricos do povo palestino" como a principal causa dos confrontos. (com Ansa)