Brasil pede para Israel não bombardear escola católica que abriga 13 brasileiros em Gaza
Local, que já foi atacado anteriormente, vira refúgio de quase metade dos 28 brasileiros que pediram para ser repatriados
Alessandro Candeas, embaixador do Brasil na Palestina, informou, no início da noite desta quarta-feira (11), que 13 dos 28 brasileiros que desejam deixar a Faixa de Gaza foram abrigados em uma escola católica da região. Segundo ele, os outros 15 preferiram aguardar em suas residências até que o governo brasileiro conclua as negociações para evacuar o grupo pelo Egito para, em sequência, trazer de volta ao Brasil.
Candeas disse que o Itamaraty comunicou Israel sobre os civis brasileiros abrigados na escola. O intuito do alerta é evitar que o local seja alvo de bombas, uma vez que as Forças de Defesa de Israel (FDI) bombardeiam Gaza desde o fim de semana, em resposta a um ataque do Hamas ao território israelense.
"A fim de reuni-los e protegê-los, estamos hospedando 13 integrantes do grupo de brasileiros em uma escola católica: Sister Rosary School. Os restantes 15 preferiram aguardar em suas casas. Informaremos Israel deste fato, a fim que que o local não seja bombardeado", relatou Candeas.
Mais cedo, o embaixador disse que, ao todo, 28 brasileiros em Gaza manifestaram vontade de voltar ao Brasil. Antes eram 30, mas duas desistiram. Desses 28, 15 são crianças. Também há seis mulheres adultas, uma idosa e seis homens adultos.
A ideia do governo Lula é retirar essas pessoas de Gaza pela fronteira com o Egito, de ônibus. O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, conversou por telefone com o chanceler do Egito, Sameh Shoukry, para pedir apoio na empreitada. Em seguida, o grupo percorreria um trajeto em território egípcio até a capital, Cairo, onde um avião para o Brasil estaria esperando.