MUNDO
Papa volta a condenar 'loucura' da guerra após polêmica com Ucrânia
Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 13/03/2024 às 11:23
Alterado em 13/03/2024 às 11:25
O papa Francisco voltou a condenar todas as guerras que afligem o mundo, como a da Ucrânia e Oriente Médio, lamentando as mortes dos jovens nos conflitos e reiterando seu apelo pela paz nesta quarta-feira (13).
"Muitos jovens, muitos jovens vão morrer.
Rezemos ao Senhor para nos dar a graça de superar esta loucura da guerra, que é sempre uma derrota", afirmou o Pontífice durante sua audiência semanal na Praça São Pedro.
O religioso não mencionou especificamente a Ucrânia ou quaisquer outras zonas de conflito, mas disse que recebeu hoje um rosário e uma cópia dos Evangelhos que pertencia a um jovem soldado morto numa frente de guerra não especificada.
"Por favor, perseveremos na oração fervorosa por aqueles que sofrem as terríveis consequências da guerra", acrescentou.
O novo apelo é feito poucos dias depois de Francisco protagonizar uma polêmica ao pedir para a Ucrânia ter "coragem de negociar" a paz com a Rússia. As declarações do Santo Padre foram dadas em entrevista à emissora estatal suíça RSI, a quem o religioso afirmou que é preciso ter "coragem de levantar a bandeira branca e negociar" quando as coisas "não caminham bem".
Por sua vez, a Ucrânia convocou o enviado do Vaticano ao país, o núncio apostólico Visvaldas Kulbokas, em um gesto de repúdio à declaração de Jorge Bergoglio.
Hoje (13), o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, saiu em defesa de Francisco e disse acreditar que o líder da Igreja Católica "agiu como Papa, deu uma mensagem de paz".
"Ficou claro que o Papa quer a paz e não ficou do lado da Rússia. Interpretei a sua mensagem como a daqueles que querem lutar pela paz. Ele não é um político, mas um guia espiritual para todos os católicos e para o mundo cristão. Acredito que a sua mensagem visava levar as partes envolvidas a trabalhar pela paz", explicou o chanceler italiano.
Saúde
Durante a audiência geral, o argentino, que tem 87 anos e sofre com problemas de mobilidade e respiratórios, pela terceira semana consecutiva limitou seu discurso na audiência semanal, deixando para um assessor a leitura da maior parte de seus textos.
"Queridos irmãos e irmãs, bom dia. Sejam bem-vindos, ainda estou um pouco resfriado e por isso pedi ao monsenhor que lesse a catequese. Fiquemos atentos porque acho que pode nos fazer muito bem", afirmou. (com Ansa)