Bolívia prende 10 militares após tentativa de golpe de Estado

Bolívia prende 10 militares após tentativa de golpe de Estado

Por JB INTERNACIONAL

o general Juan José Zúñiga pode ficar mais de 10 anos preso

Pelo menos 10 militares foram presos pela tentativa de golpe de Estado em La Paz, na Bolívia, que foi liderada pelo general Juan José Zúñiga, ex-comandante do Exército.

A informação foi confirmada pelo representante da delegação do país junto à Organização dos Estados Americanos (OEA), Héctor Arce, à margem da Assembleia Geral realizada em Assunção, no Paraguai.

O diplomata acrescentou que os ex-comandantes do Exército e da Marinha, Zúñiga e Juan Arnez Salvador, respectivamente, são os principais acusados de terem organizado e executado a tentativa de golpe.

Os militares responderão pelos crimes de terrorismo e insurreição armada contra o segurança e soberania do Estado.

O governo boliviano ainda estimou que a ação em La Paz resultou em 12 civis feridos.

Mercosul condena 

s países-membros e associados do Mercosul prestaram solidariedade ao presidente da Bolívia, Luis Arce, e condenaram a tentativa fracassada de golpe de Estado em La Paz.

Juan José Zúñiga e Juan Arnez Salvador, ex-comandantes do Exército e da Marinha, foram presos como artífices do golpe militar contra o mandatário boliviano e responderão por terrorismo e insurreição armada.

As tropas comandadas por Zúñiga, que estavam armadas e até usaram veículos blindados, tentaram invadir o Palácio Quemado, antiga sede do governo do país sul-americano, mas que ainda opera para atos protocolares.

"Os Estados Partes do Mercosul e Associados manifestam sua profunda preocupação e enérgica condenação às mobilizações de algumas unidades do Exército boliviano, que visam a desestabilizar o governo democrático do Estado Plurinacional da Bolívia, descumprindo os princípios internacionais da vida democrática e, em particular, do Mercosul", informou o comunicado.

"Da mesma forma, em consonância com os princípios do Direito Internacional, rejeitam qualquer tentativa de mudança de poder por meio da violência e de forma inconstitucional que atente contra a vontade popular, soberania, autodeterminação dos povos e que vulnerabilize a estabilidade política e social do país irmão", acrescentou.

O Mercosul e os países associados ainda expressaram "solidariedade e irrestrito apoio à institucionalidade democrática do governo constitucional do presidente Arce e suas autoridades democraticamente eleitas".

O Mercosul nasceu em 1991 e atualmente é formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Já Colômbia, Bolívia e Chile são os Estados associados. (com Ansa)