Chefe da Câmara dos EUA evoca 25ª emenda contra Biden
Artigo permite destituição de presidente por incapacidade
O chefe da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano Mike Johnson, afirmou nesta sexta-feira (28) que o gabinete do democrata Joe Biden deveria discutir a ativação da 25ª emenda da Constituição, que permite a remoção de um presidente por incapacidade física ou mental.
A declaração chega após o desempenho desastroso de Biden no debate contra Donald Trump, que pode ser determinante para a sequência da corrida eleitoral pela Casa Branca em 2024.
"Eu pediria aos membros do governo que se questionassem em seus corações, e esperamos que façam seu dever, assim como todos nós tentamos fazer o nosso", afirmou Johnson.
Pouco antes, o congressista republicano Chip Roy havia dito no X que apresentaria uma resolução para pedir à vice-presidente Kamala Harris que acione a 25ª emenda.
Esse trecho da Constituição permite a destituição de um presidente se a maioria de seu gabinete declarar que ele é incapaz de exercer o cargo. Neste caso, a Casa Branca seria assumida interinamente por Harris, que precisaria apoiar a medida.
"Se eu estivesse no gabinete, eu estaria tendo essa discussão com meus colegas. É uma situação séria", reforçou Johnson.
O uso da 25ª emenda já havia sido evocado em janeiro de 2021, mas contra Trump, após a invasão do Capitólio por seus apoiadores.
Biden diz que não tentaria reeleição se não tivesse condições
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu nesta sexta-feira (28) que não tentaria a reeleição caso não tivesse condições.
"Eu sei como fazer este trabalho. Não estaria concorrendo se não acreditasse de todo o coração que poderia fazer este trabalho", declarou o democrata, acrescentando que não é mais jovem.
Além de dizer que o magnata Donald Trump "é uma ameaça", Biden confessou que não debate mais tão bem como antes.
"Não ando tão bem como antes e não debato mais tão bem como antes, mas sei como dizer a verdade e como fazer este trabalho.
Sua liberdade, sua democracia e a América estão em jogo quando você vota", comentou o presidente de 81 anos. (com Ansa)