Israel lança ataque aéreo contra alvos militares no Irã; riscos de guerra total no Oriente Médio
Segundo Teerã, bombardeio provocou 'danos limitados'

Israel lançou na madrugada deste sábado (26) um ataque aéreo "mirado" contra alvos militares no Irã, em retaliação pelo bombardeio promovido por Teerã contra o país judeu em 1° de outubro.
Naquela ocasião, o regime iraniano justificou que a ação era uma resposta pelos assassinatos dos líderes do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, e do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute, no Líbano.
Em nota, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que o bombardeio deste sábado é uma reação a "meses de contínuos ataques por parte do regime iraniano" contra o país e atingiu "estruturas de produção de mísseis".
As IDF também acrescentaram que todas as suas capacidades defensivas é ofensivas estão "mobilizadas" e pediram para a população permanecer "vigilante e atenta".
Já o governo dos Estados Unidos disse que o bombardeio é uma ação de "autodefesa", mas que não participou da operação. As Forças Armadas iranianas admitiram que o ataque atingiu bases militares em Teerã e outras cidades, mas causou apenas "danos limitados". (com Ansa)
Argentina revela líder do Hezbollah na América Latina
Hussein Ahmad Karaki orquestrou atentados em Buenos Aires
O Ministério da Segurança da Argentina anunciou nesta sexta-feira (25) que Hussein Ahmad Karaki, também conhecido como Saad Ezzeddine, é o chefe operacional do grupo xiita Hezbollah na América Latina.
De acordo com a pasta, o homem é acusado de ter recrutado e planejado ataques em Buenos Aires, incluindo um contra a embaixada israelense no país (1992) e outro na sede da Associação Mutual Israelita-Argentina (Amia), em 1994, que deixou 85 mortos.
Além de revelar a identidade de Karaki, o governo argentino entregou à Justiça imagens do terrorista tiradas em 2004, quando a Venezuela lhe concedeu residência.
Ainda segundo o relatório divulgado pelo Ministério, Karaki estava em Buenos Aires em 1992 quando comprou o carro-bomba usado no atentado à embaixada de Israel. Na oportunidade, ele utilizava um passaporte colombiano em nome de Alberto León Nain.
"Ele partiu de avião no mesmo dia, horas antes da explosão", revelou a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich.
A chefe da pasta acrescentou que Karaki "agia sob as ordens de Hassan Nasrallah", antigo líder do Hezbollah morto em um bombardeio em Beirute, no Líbano. A política ainda acusou o governo de Caracas de fornecer documentos ao terrorista para que pudesse desembarcar no continente.
Por fim, Buenos Aires insistiu que as informações divulgadas sobre Karaki é comparável ao assassinato de Nasrallah.
Em abril, a Câmara de Cassação, o mais alto tribunal criminal da Argentina, decidiu que os ataques supostamente orquestrados por Karaki "respondiam a um plano político e estratégico" do Irã e que ambos foram realizados pelo Hezbollah. (com Ansa)
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