MUNDO

G20: Sem consenso sobre documento final

Por JB INTERNACIONAL
[email protected]

Publicado em 18/11/2024 às 10:34

Alterado em 18/11/2024 às 10:34

Figuras dos principais líderes mundiais aparecem quase submersas em protestos a favor do clima na esteira do G-20 Foto: Ansa/AFP

G20 começa nesta segunda (18) em um cenário de intensos debates sobre temas globais cruciais, como as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

No entanto, apesar das tentativas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de alinhar um posicionamento comum, ainda não há consenso entre os países sobre a declaração final.

As divergências residem principalmente na linguagem utilizada para abordar os conflitos internacionais, após a Rússia ter lançado nesse domingo (17) seu maior ataque em meses contra a Ucrânia, matando 11 pessoas, incluindo duas crianças. Paralelamente, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que chegou ao Rio também nesse domingo, autorizou Kiev a usar mísseis de longa distância contra a Rússia.

O presidente russo, Vladimir Putin, não participa da Cúpula do G20 devido a um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de guerra relacionados à deportação ilegal de crianças.

Os países do G7 - Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido - pediram ao Brasil que considere a possibilidade de reabrir as negociações sobre o documento final da reunião.

"Tudo ficou mais crispado", disse uma fonte do governo Lula questionada pelo jornal O Globo. Por enquanto, a decisão de reabrir o debate está nas mãos do presidente.

Já o mandatário da Argentina, Javier Milei, também defende a condenação da ofensiva russa e diverge da proposta brasileira em relação ao conflito na Faixa de Gaza e à Agenda 2030.

Ele não deve participar nesta segunda-feira do lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa liderada por Lula. (com Ansa)

Deixe seu comentário