Trump anuncia apresentador de TV como novo chefe do Pentágono

Pete Hegseth é veterano de guerra e âncora da Fox News

Por JB INTERNACIONAL

Pete Hegseth durante programa na Fox News

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nessa terça-feira (12) que escolheu Pete Hegseth, um veterano de guerra altamente condecorado, mas acima de tudo apresentador da Fox News durante oito anos, para ser o novo chefe do Pentágono.

Em comunicado em sua rede social Truth, o republicano destacou que Hegseth "passou toda a sua vida como um guerreiro das tropas e do país", além de ser "durão, inteligente e um verdadeiro crente do 'America First'".

Segundo o magnata, com o apresentador no comando do Pentágono, "os inimigos dos Estados Unidos estão avisados - nossas Forças Armadas serão grandes novamente, e a América nunca se renderá".

Formado nas Universidades de Princeton e de Harvard, Hegseth foi membro da Guarda Nacional do Exército, servindo em missões no Afeganistão, no Iraque e na Baía de Guantánamo, em Cuba.

Ao longo de sua carreira militar, ele também foi condecorado por suas ações no campo de batalha com duas Estrelas de Bronze e um Distintivo de Combate de Infantaria.

Além disso, tem sido uma figura importante na mídia, especialmente no canal Fox News, onde foi apresentador durante oito anos e usou essa plataforma para lutar em nome dos militares e veteranos norte-americanos.

Por fim, Trump recorda o sucesso do livro do apresentador "A Guerra aos Guerreiros", que "revela a traição da esquerda aos nossos guerreiros e como devemos devolver as nossas forças armadas à meritocracia, à letalidade, à responsabilização e à excelência".

"Pete será um defensor corajoso e patriótico da nossa política de 'Paz através da Força'", concluiu.
A nomeação representa uma continuidade das promessas de campanha de Trump, que busca reformular e fortalecer a política externa e de defesa dos Estados Unidos.

Segundo a imprensa local, entre os episódios mais polêmicos da carreira de Hegseth está o fato de ele ter persuadido o então presidente Trump em 2019 a perdoar três soldados americanos acusados ou condenados por crimes de guerra relacionados com o assassinato indiscriminado de civis no Iraque.

Hegseth, que foi líder de pelotão na Baía de Guantánamo durante o serviço militar, também defendeu o tratamento dispensado aos prisioneiros ali detidos. Em janeiro de 2020, chegou a expressar forte apoio à decisão de Trump de matar o general iraniano Qasem Soleimani e, de acordo com alguns meios de comunicação, também convidou o magnata a bombardear o território iraniano, incluindo locais culturais, se utilizados como armazéns de armas.