Reações globais à detenção da líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado

Nicolás Maduro toma posse nesta sexta-feira na presidência

Por JB INTERNACIONAL com Reuters

A líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, se dirige a apoiadores em um protesto antes da posse do presidente Nicolás Maduro para seu terceiro mandato

A breve prisão da líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, provocou rápidas condenações nessa quinta-feira de líderes políticos de todo o mundo, pontuadas por pedidos por seu direito à liberdade de expressão e segurança pessoal.

Machado, uma ex-deputada que liderou a oposição ao presidente Nicolás Maduro nos últimos anos, foi detida por agentes de segurança que atiraram em motocicletas que ela usava para sair de um protesto em Caracas, a capital, de acordo com postagens nas redes sociais de seu partido. Ela foi libertada cerca de uma hora depois, de acordo com o partido.

O ministro da Informação do governo classificou os relatos da detenção de Machado como uma "distração da mídia", um dia antes da posse amargamente contestada de Maduro para um terceiro mandato.

Embora o governo não tenha divulgado contagens detalhadas dos votos da eleição presidencial de julho passado, a oposição publicou milhares de recibos digitalizados de urnas eletrônicas que seus observadores obtiveram, dizendo que eles mostram que seu candidato, Edmundo González, venceu a disputa com uma vitória esmagadora.

A seguir, algumas das reações que surgiram antes e depois da libertação de Machado.

PORTA-VOZ DO CONSELHO DE SEGURANÇA NACIONAL DA CASA BRANCA
"Condenamos e continuamos a condenar publicamente Maduro e seus representantes por tentarem intimidar a oposição democrática da Venezuela. Pedimos que o direito de Maria Corina Machado de falar livremente seja respeitado, e que Maduro e seus representantes parem de assediar a oposição."

PRESIDENTE ELEITO DOS EUA, DONALD TRUMP, NAS REDES SOCIAIS
"A ativista pela democracia venezuelana Maria Corina Machado e o presidente eleito González estão expressando pacificamente as vozes e a VONTADE do povo venezuelano com centenas de milhares de pessoas se manifestando contra o regime. Esses combatentes da liberdade não devem ser prejudicados."

MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DA COLÔMBIA
"O governo da Colômbia expressa sua profunda preocupação e rejeição ao aumento e gravidade dos relatos de violações dos direitos humanos que estão ocorrendo na Venezuela no período que antecede o 10 de janeiro (posse presidencial)."

PRESIDENTE DO EQUADOR, DANIEL NOBOA
"O sequestro de Maria Corina pelo regime de Nicolás Maduro expõe a brutalidade de uma ditadura que semeou morte e miséria em seu próprio país. No Equador, qualquer político que defenda, justifique ou fique em silêncio ... torna-se cúmplice de um sistema que causou fome, desespero e sofrimento a milhões de pessoas".

MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DO CHILE
"O governo do Chile expressa sua mais forte condenação à repressão e às contínuas violações dos direitos humanos que estão ocorrendo na Venezuela. Também rejeita e expressa preocupação com a prisão da líder da oposição, Maria Corina Machado ... (e) exige que sua segurança, bem como a de outros líderes da oposição democrática, seja garantida".

PRESIDENTE ARGENTINO JAVIER MILEI
"O gabinete do presidente expressa sua extrema preocupação com o ataque criminoso do regime chavista contra a líder democrática Maria Corina Machado na Venezuela, enquanto ela participava de um protesto legítimo. Em uma operação digna das piores ditaduras da história, agentes do regime de Maduro atiraram em seus guardas e a sequestraram violentamente na frente de milhares de manifestantes".

PRESIDENTE DO PANAMÁ, JOSÉ RAÚL MULINO, NO X
"O Panamá expressa seu protesto e demanda pela plena liberdade de (Maria Corina Machado), bem como pelo respeito à sua segurança pessoal. O regime ditatorial é responsável por sua vida!"

MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DA ESPANHA
"Expressamos nossa total condenação e nossa preocupação. A integridade física e a liberdade de expressão e manifestação de todos, especialmente dos líderes políticos da oposição, devem ser protegidas e salvaguardadas."