Cuba já libertou 114 presos políticos após decisão de Biden

País promete soltar um total de 553 prisioneiros

Por JB INTERNACIONAL

Maioria dos presos políticos participou de protestos contra o governo cubano

Ao menos 114 prisioneiros políticos foram soltos em Cuba desde que o governo do país anunciou, no último 15 de janeiro, que libertaria gradualmente 553 pessoas no âmbito de um acordo mediado pela Igreja Católica.

A medida chega após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter retirado a ilha da lista de países patrocinadores do terrorismo, mas o regime cubano não admite que as duas coisas estejam relacionadas.

Dentre os prisioneiros, a maioria formada por participantes de um protesto contra o presidente Miguel Díaz-Canel em 11 de julho de 2021, foram liberados nomes importantes da oposição, como Tania Echevarría Menéndez, membro do grupo Damas de Blanco e que tinha sido condenada a seis anos de detenção por seu envolvimento na manifestação.

Segundo a líder do movimento, Berta Soler, mais três integrantes do Damas de Blanco também devem ganhar a liberdade: Sissi Abascal, Sayli Navarro e Aymara Nieto.

Navarro, que é jornalista, foi considerada "prisioneira de consciência" pela ONG Anistia Internacional, tendo sido levada juntamente com o pai, Félix Navarro, figura histórica na oposição. Ele também foi solto no último final de semana.

O grupo Damas de Blanco é um dos mais expressivos contra o governo cubano. Surgido em 2003, reúne mulheres - mães e esposas de presos políticos em sua maioria- que se opõem ao regime político da ilha e lutam por liberdade.

A libertação dos prisioneiros políticos foi celebrada pelo papa Francisco no domingo (19). "Trata-se de um gesto de grande esperança que concretiza uma das intenções deste ano de Jubileu", afirmou o pontífice. (com Ansa)