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Irã condena novas sanções de Trump: 'Ilegais e injustificadas'

Líder supremo pediu que país recuse negociação com EUA

Por JB INTERNACIONAL
redacao@jb.com.br

Publicado em 07/02/2025 às 10:10

Alterado em 07/02/2025 às 10:14

O guia supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei Epa

O Irã condenou firmemente nesta sexta-feira (7) as novas sanções financeiras impostas pelos Estados Unidos, chamando-as de "ilegais" e "injustificadas".

As críticas são feitas um dia após a administração de Donald Trump anunciar medidas contra uma "rede internacional" acusada de fornecer petróleo iraniano à China para financiar as atividades militares do país persa.

"A decisão do novo governo dos EUA de pressionar a nação iraniana impedindo o comércio legal do Irã com seus parceiros econômicos é uma medida ilegítima, ilegal e violenta", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Teerã, Esmaeil Baqaei, em um comunicado.

Segundo ele, a medida é "completamente injustificada e contrária às regras internacionais".

Por sua vez, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, instou seu governo a recusar qualquer negociação com Estados Unidos, alegando que seria "imprudente", além de não ser inteligente, nem honroso.

Para Khamenei, que acusou os Estados Unidos de "arruinarem, violarem e destruírem" o acordo nuclear de 2015, negociar com Washington não resolverá os problemas do país.

"Eles não devem fingir que se nos sentarmos à mesa de negociações com este governo os problemas serão resolvidos.

Nenhum problema será resolvido negociando com a América", insistiu ele, citando "experiências" anteriores.

Trump, que assumiu seu segundo mandato no último dia 20 de janeiro, voltou a adotar sua política de "pressão máxima" contra o Irã, argumentando que a nação tenta desenvolver armas nucleares.

Entretanto, o líder supremo alertou que o Irã adotará medidas recíprocas se o governo Trump ameaçar ou atuar contra o país, principalmente porque Teerã já foi "muito generoso" e fez "concessões", mas "não alcançou os resultados esperados", porque "a mesma pessoa que está no poder agora rompeu o tratado". (com Ansa)

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