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Universidades dos EUA criticam Trump por 'interferência política'

Carta conjunta diz que ensino superior americano está em perigo

Por JB INTERNACIONAL
redacao@jb.com.br

Publicado em 23/04/2025 às 08:08

Alterado em 23/04/2025 às 08:08

Trump acusou universidades de tolerar antissemitismo Foto: Ansa/Epa

Mais de 100 universidades dos Estados Unidos, incluindo instituições de prestígio da Ivy League, como Princeton e Brown, publicaram uma carta conjunta nesta terça-feira (22) condenando a "interferência política" do presidente Donald Trump no sistema educacional.

"Falamos em uma só voz contra a intervenção governamental sem precedentes e a interferência política que estão colocando em risco o ensino superior americano", diz o texto.

O documento foi divulgado um dia após a Universidade Harvard processar o governo republicano por ter ameaçado cortar o financiamento da instituição e impor supervisão política externa.

"Falamos em uma só voz contra o excesso e a interferência política que agora ameaçam o ensino superior neste país", acrescenta a declaração.

Os presidentes das universidades da Ivy League diretamente ameaçadas, como MIT, Princeton e Brown, bem como Harvard e Yale, estão entre os signatários do texto.

No entanto, várias instituições importantes, entre elas a Universidade de Columbia, concordaram amplamente com as exigências de Trump para a restauração do financiamento, incluindo o de colocar seu Departamento de Estudos do Oriente Médio sob controle externo.

Trump tentou subjugar diversas universidades renomadas, acusando-as de tolerar o antissemitismo em suas instituições, ameaçando seus orçamentos, seu status de isenção de impostos e a matrícula de estudantes internacionais.

Embora se declarem abertos a reformas construtivas e à supervisão governamental legítima, os signatários rejeitam qualquer tentativa de "intrusão indevida" e "uso coercitivo de financiamento público para pesquisa".

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