Simulação de abertura dos Jogos Olímpicos foi bem sucedida

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A Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça e Cidadania (Sesge/MJC), concluiu neste domingo (17) o terceiro simulado de alinhamento das operações de segurança para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, que acontecerá no dia 5 de agosto, no Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro.

Segundo informações do Palácio Guanabara, aproximadamente 2 mil profissionais atuaram no treinamento que testou os detalhes da operação integrada, envolvendo os aspectos de deslocamento das autoridades, atletas, voluntários e organizadores que participarão do evento.

Foram utilizados, durante a cerimônia, mais de 700 veículos, entre motos, carros, vans, ônibus, ambulâncias e helicópteros. Cerca de 250 ônibus percorreram rotas de chegada e de partida, tendo como destino o Estádio Maracanã, bem como as imediações do Palácio do Itamaraty, no centro.

O coordenador da Sesge/MJC, Felipe Seixas, comemorou o êxito do simulado que, segundo ele, foi um total sucesso.

Confiança

“Temos certeza de que estamos prontos para a cerimônia de abertura. A parte da escolta dos atletas, realizada pela Forca Nacional, da Vila Olímpica até o Maracanã, e a parte da segurança dos chefes de Estado e de autoridades brasileiras tiveram resultados positivos. Não houve qualquer tipo de transtorno na chegada ao Palácio do Itamaraty, e o mesmo ocorreu no Maracanã e no retorno ao Itamaraty”, salientou.

A simulação de deste domingo (17) teve início às 6h, quando os acessos ao Palácio do Itamaraty  e ao Maracanã foram interditados peloa esquema de segurança para a solenidade de abertura. A operação foi concluída às 12h, quando as cerca de dez ruas interditadas na região começaram a ser liberadas sem que fosse registrados grandes engarrafamentos nas imediações do simulado.

Ao contrário dos testes anteriores, o terceiro simulado – a 19 dias da abertura dos Jogos –  teve ações ininterruptas, não havendo novas orientações nem troca de posições dos atores participantes. De madrugada, por volta das 3h, os grupos de trabalho se reuniram para os deslocamentos e a ativação dos centros de comando e controle envolvidos na operação. Por volta das 5h, as equipes se concentraram nos pontos de partida para o teste dos trajetos.

Complexidade

O coordenador regional de segurança dos Jogos, Cristiano Sampaio, falou da complexidade do simulado. “Toda a operação de retirada dos locais de origem e trajeto, até a cerimônia, e de retorno ao Palácio do Itamaraty, é algo extremamente complexo. Colocamos a operação nas ruas, cronometramos trajetos. Estamos satisfeitos com os resultados”, disse.

Um dos oficiais da Guarda Municipal, que preferiu não se identificar, ressaltou o fato de que o simulado foi feito sem manifestações de descontentamento por parte do público, e também não causou grandes engarrafamentos.

“Como já havíamos feito o planejamento com certa antecedência, não tivemos grandes engarrafamentos e nenhum tipo de manifestação contrária, por parte do moradores. Não houve também nenhum problema do ponto de vista da operação em si: da saída dos comboios e da família olímpica – aí incluídos os atletas. Do ponto de vista dos moradores bastava que eles apresentassem um comprovante de residência para que pudessem transitar sem qualquer problema”, explicou.

Movimentação

O engenheiro curitibano Gil Cardoso Machado, de visita aos pais, que moram na região, aproveitou para fazer exercícios no entorno do Maracanã e sequer notou a movimentação das forças de segurança.

"Sequer percebi o fato de estar havendo um simulado de segurança na área. Então, para mim, não houve qualquer problema. Correu tudo bem”.

 

Bloqueio de via no entorno do Estádio do Maracanã testa segurança do local para cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016   Fernando Frazão/Agência Brasil

Para o militar da reserva, Marcos Junior, que costuma praticar exercício físico no entorno do Maracanã, a movimentação de hoje não prejudicou o dia a dia de quem frequenta o local. Fez apenas a ressalva de que era um dia de domingo, com tempo nublado. Para ele, quando “for à vera”, a situação poderá ser muito diferente.

“Hoje é apenas um exercício, mas quando for à vera eu acredito que haverá problemas. Hoje é um domingo, um dia frio, mas quando estiver valendo, haverá sim problemas e transtornos para os moradores e a população de uma maneira geral. Sem falar no fato de que considero inapropriada a Olimpíada no momento adverso que passa o país. É sempre bom lembrar que vivemos o pior momento da história do país”, reforçou.

Segundo ele, “não se pode negar os benefícios imensuráveis que uma Olimpíada trás, mas o país vive um momento de adversidade, em que falta de tudo, desde professores nos colégios, segurança pública, remédios e médicos nos hospitais”.

Informações do governo do estado indicam que, no dia 5 de agosto o evento mobilizará cerca de 3.300 profissionais de segurança pública nas imediações do Maracanã.

A Força Nacional de Segurança será distribuída no perímetro interno e de todas as instalações. A tribuna de honra passará por vistorias e equipes da Polícia Federal (PF) garantirão a segurança dos chefes de Estado.

No caso do Palácio Itamaraty, o planejamento de segurança está sendo refinado com base nas avaliações de risco da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Participaram da operação deste domingo (17) a PF, a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Força Nacional de Segurança Pública, Corpo de Bombeiros, Forças Armadas, além da Companhia de Engenharia de Tráfego so Rio e a Guarda Municipal.

Coordenado pela Sesge/MJC, o simulado de segurança contou também com a colaboração dos ministérios das Relações Exteriores e da Defesa, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, bem como dos governos do estado e do município do Rio de Janeiro, além do Comitê Organizador Rio 2016.

No dia 24 de julho, o Rio de Janeiro contará com a ativação completa do Centro Integrado de Comando e Controle, com todas as forças e instituições atuando de forma integrada, ininterruptamente, com um contingente de aproximadamente 47 mil profissionais durante os Jogos Olímpicos.