Boxe italiano chega ao Rio de Janeiro sonhando com medalhas

Seleção italiana será representada por seis atletas, incluindo 'brasileiro'

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Começando logo no dia seguinte à abertura e indo até o fim dos Jogos do Rio de Janeiro, o torneio olímpico de boxe terá pela primeira vez a participação de profissionais de uma Itália com muitas esperanças de medalha.

A começar pela jovem Irma Testa, de apenas 18 anos e que será a primeira pugilista mulher a defender a Azzurra na Olimpíada. Lutadora da categoria 60 kg, ela tem se mostrado bastante confiante em conseguir uma medalha na capital fluminense.

No lado masculino, o país também virá forte. Serão cinco atletas, com destaque para Clemente Russo (91 kg), que tentará seu primeiro ouro olímpico, após as pratas de Pequim 2008 e Londres 2012. 

Outro postulante a medalha é Vincenzo Mangiacapre, já bronze em Londres 2012 e que tentará ao menos repetir o feito, agora na categoria 69 kg -- há quatro anos, o pódio foi conquistado entre os pugilistas com até 64 kg.

Mas boa parte das atenções devem se voltar a Valentino Manfredonia, pugilista de 26 anos nascido em Jaboatão dos Guararapes, nos arredores de Recife, mas que foi adotado por um casal de Nápoles antes de completar um mês de vida. Apelidado de "Tyson do Vesúvio", ele já disse que seu objetivo no Rio é conquistar uma medalha na categoria 81 kg.

Todos eles terão pela frente as tradicionais escolas de Cuba e do leste europeu, que costumam concentrar as medalhas nas Olimpíadas, e uma esperada ascensão da China. Quanto ao renascimento do boxe dos Estados Unidos, que seria uma homenagem à memória do grande Muhammad Ali, ainda parece ser muito cedo para isso.

No Rio, os EUA participarão com apenas seis pugilistas, o menor número de sua história. Porém entre eles há uma estrela de 19 anos, Shakur, em referência ao rapper Tupac Shakur, que vê no esporte a oportunidade de ajudar a família - ele tem oito irmãos - a sair da pobreza.

Também acalenta esperanças, tanto no feminino quanto no masculino, o time brasileiro, embora os dirigentes não tenham convencido os irmãos Esquiva e Yamaguchi Falcão, medalhistas em Londres, a retornarem aos Jogos Olímpicos.