COB acende luz de alerta por causa da falta de medalhas para o Brasil

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A projeção do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) de ver o País terminar os Jogos do Rio no top 10 está sob ameaça. Isso se deve principalmente à falta de medalhas no judô - apenas Rafaela Silva subiu ao pódio até agora entre dez atletas brasileiros que ocuparam o tatame no Parque Olímpico. A expectativa no comitê, antes do início do evento, era que o Brasil obtivesse algo em torno de 27, 28 medalhas. A meta está cada vez mais difícil de alcançar.

A ordem no COB e no Comitê Rio 2016 é a de só fazer uma avaliação pública do número de conquistas após o encerramento dos Jogos. "Só vamos falar sobre isso após o dia 21", disse o superintendente executivo de esportes do COB, Marcus Vinicius Freire. Os cálculos que ele costumeiramente anunciava não eram aleatórios. Baseou-se sempre nos resultados dos atletas em campeonatos mundiais - referência utilizada em outras edições olímpicas.

Mas, ainda que o judô se recupere parcialmente nos últimos dois dias de luta, os resultados da modalidade devem comprometer a previsão. Além disso, houve derrotas inesperadas em outros esportes e ninguém surpreendeu até agora com um desempenho especial na natação, por exemplo - ali resta esperar pelos 200m medley, com Thiago Pereira, e os 50m, com Bruno Fratus.

No tênis, Marcelo Melo e Bruno Soares deram adeus à disputa nas duplas - estavam muito cotados para dar a primeira medalha olímpica para o Brasil. Outra aposta, o vice-campeão mundial de tiro com arco, Marcus D'Almeida, também já foi eliminado. Para agravar o quadro, o basquete feminino ficou pelo meio do caminho.

Há a situação delicada da dupla de vôlei de praia Pedro e Evandro, que consta da lista de prováveis medalhistas do COB. E tudo pode ser mais nebuloso ainda se o time de Neymar não emplacar e o vôlei masculino, do técnico Bernardinho, não melhorar suas atuações.