Deputada do PSL rebate seguidora sobre feminismo: "Não dou aula de graça para mulher histérica"

Ana Caroline Campagnolo respondeu usuária do Instagram que criticou seu "antifeminismo"

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Ana Caroline Campagnolo

A deputada estadual eleita Ana Caroline Campagnolo (PSL-SC) rebateu uma usuária do Instagram que criticou seu "antifeminismo". Ana Caroline, que teve suas contas reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC), se autodenomina "antimarxista e antifeminista". 

"Moça, explica aí como é ser antifeminista e, ao mesmo tempo, usufrui de direitos que foram conquistados pelas lutas das feministas ao longo da história? Inclusive seu direito de eleger e ser eleita?", indagou uma jovem, em caixa alta, em uma postagem da deputada estadual eleita.

Em sua resposta, Ana Caroline Campagnolo pediu para que a moça "voltasse para a alfabetização". Disse ainda que "não dá aula de graça para mulher histérica". Posteriormente, a deputada eleita apagou os comentários de sua conta no Instagram.

Esta não é a primeira polêmica na qual se envolve a conservadora parlamentar. Logo após o fim do segundo turno das eleições presidenciais, a deputada eleita publicou em seu perfil do Facebook pedido para que estudantes filmem ou gravem “todas as manifestações político-partidárias ou ideológicas que humilhem ou ofendam sua liberdade de crença e consciência”. Ana Caroline estimula ainda que os alunos “que sentirem seus direitos violados” usem gravadores ou câmeras para registrar o comportamento dos professores e denunciem a conduta por meio do envio dos vídeos e informações para determinado número informado em sua página pessoal.

O caso teve forte repercussão negativa, e a Justiça mandou a deputada eleita retirar das redes sociais as publicações, afirmando que a atitude feria diretamente o direito dos alunos de usufruírem a liberdade de expressão da atividade intelectual que deve ser exercida em sala de aula, independentemente de censura ou licença.

Contas reprovadas pelo TRE

Ana Caroline Campagnolo teve suas contas reprovadas pelo TRE-SC. A maioria acatou a decisão do relator do caso, Vitoraldo Bridi, que considerou que houve irregularidades na prestação de contas à Justiça Eleitoral no valor de R$ 962,61. Bridi também desaprovou transferência de R$ 589,09 para conta corrente da candidata. De acordo com a lei eleitoral, transações deveriam ocorrer na conta da campanha.

A defesa da deputada estadual eleita avisou que irá recorrer da decisão. Para o advogado de Ana Caroline, o valor deve ser considerado "ínfimo". Além disso, afirmou que a parlamentar teve apenas assessoramento equivocado por parte da área de contabilidade do PSL.

Em seu perfil no Facebook, Ana Caroline se defendeu:

"Quem quiser saber sobre mim e sobre meu mandato que procure minhas declarações aqui [no Facebook], no Instagram e no Twitter. Quem quiser reduzir sua inteligência à desinformação, meias verdades ou mentiras completas que continue comprando as narrativas midiáticas. Não tenho paciência para maledicentes. Não fui eleita para dar satisfações aos preguiçosos incultos de esquerda, fui eleita para cumprir compromissos com o eleitorado cristão, conservador e/ou direitista que me elegeu."