BRASIL
Um revólver para cada 100 brasileiros: estudo aponta aumento na compra de armas em todo Brasil
Por Jornal do Brasil
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Publicado em 15/07/2021 às 17:20
Alterado em 15/07/2021 às 17:24
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as medidas de flexibilização no acesso às armas adotadas pelo governo Bolsonaro fizeram com que o Brasil alcançasse, em dezembro de 2020, a marca de 2.077.126 armas legais particulares, ou seja, uma arma para cada 100 brasileiros.
A conta inclui armas legais registradas por cidadãos, por atiradores desportivos, caçadores e colecionadores e armas registradas em nome de empresas, além das armas de uso pessoal de policiais, bombeiros e militares. Ao serem comparados a anos anteriores, os dados apontam para uma escalada no acesso e na circulação de armas particulares no país nos últimos anos.
O levantamento mostra que houve aumento de registros ativos em todos os estados brasileiros, sem exceção. Contudo, o Distrito Federal foi o que apresentou maior elevação nos registros.
Na avaliação da advogada Isabel Figueiredo, do Conselho de Administração do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o aumento na compra de armas é resultado das flexibilizações de normas aprovadas pelo governo e do incentivo do presidente ao armamento pela população civil.
"O governo tem uma atuação completamente irresponsável que desconsidera todo o conhecimento científico em torno do tema de controle de armas. Temos um conjunto robusto de evidências que relacionam o maior número de armas circulando com o aumento da violência", afirmou Figueiredo.
A tendência é que o acesso às armas cresça ainda mais neste e nos próximos anos, já que Bolsonaro editou, em fevereiro deste ano, uma série de medidas para facilitar o acesso e aumentar o limite para aquisição de armamentos e munições.
Essa tendência foi confirmada pelo especialista em segurança, Ignácio Cano, entrevistado pela Sputnik Brasil quando disse que "essa é mais uma tentativa do governo Bolsonaro, entre várias anteriores e outras que virão, para aumentar o número de armas em circulação, para aumentar os tipos de armas que podem ser compradas, e o número que cada pessoa tem direito". (com agência Sputnik Brasil)