BRASIL
600 mil mortos; e o ministro da Saúde, médico, contra o uso de máscaras
Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 08/10/2021 às 16:59
Alterado em 08/10/2021 às 20:16
Com quase metade da população vacinada contra a Covid-19 e em meio à retomada das atividades comerciais e de lazer, o Brasil ultrapassou nesta sexta-feira (8) a marca de 600 mil mortes na pandemia provocada pelo novo coronavírus Sars-CoV-2.
Segundo boletim divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa, fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1, o país acumula 600.077 óbitos e 21.893.752 casos da doença desde o início da emergência sanitária, em março de 2020.
A triste marca é atingida no momento em que a situação epidemiológica está registrando uma desaceleração no território brasileiro, tendo em vista que a média de mortes diárias está em 438, o menor número desde novembro do ano passado, e apresentando queda. Em abril, no pior momento da pandemia no Brasil, a média móvel de vítimas chegou a 3.125.
A primeira morte por Covid ocorreu no dia 12 de março do ano passado. Já a marca de 100 mil óbitos foi atingida em agosto de 2020, enquanto que a de 200 mil foi em janeiro de 2021.
Somente entre janeiro e abril deste ano, foram contabilizados quase 210 mil falecimentos, elevando o total para mais de 400 mil. Já a marca de 500 mil vítimas foi atingida no último dia 17 de junho, sendo que a partir desta data foram precisos quatro meses para o número aumentar mais 100 mil vidas perdidas.
Apesar de o número de vítimas ter despencado nos últimos meses, o Brasil ainda é o 3º país com a maior média diária de novas mortes, atrás apenas de Estados Unidos e Rússia.
Além disso, o país liderado por Jair Bolsonaro é o nono com mais mortes por 100 mil habitantes (281,72), atrás do Peru (605,12) e de países do leste europeu, como Bósnia e Herzegovina (328,25) e Hungria (309,73).
Até o momento, de acordo com o consórcio, o Brasil tem 69% da população vacinada com ao menos uma dose anti-Covid e 45%, totalmente imunizada.
A campanha de vacinação avança, apesar dos problemas registrados nos últimos meses, como a demora na aquisição das doses, as falhas na distribuição e na infraestrutura e os discursos negacionistas de Bolsonaro, que alega não ter se vacinado, divulga informações incorretas e falsas sobre o imunizante e apoia tratamentos sem eficácia comprovada.
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) inclusive foi criada para investigar os processos de compra de imunizantes e a gestão da pandemia por parte do governo brasileiro.(com agência Ansa)
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga compara exigência do uso de máscaras para conter a Covid-19 com o uso de preservativos.
— Metrópoles (@Metropoles) October 8, 2021
“Eu vou fazer uma lei obrigando as pessoas a usar preservativo? Imagina.”
Ao contrário das DSTs, a Covid-19 é transmitida pelo ar. pic.twitter.com/7XuAwAQcMk