BRASIL
STJ: planos não são obrigados a cobrir condutas fora da lista da ANS
Por JORNAL DO BRASIL
[email protected]
Publicado em 08/06/2022 às 16:45
Alterado em 08/06/2022 às 20:05
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta quarta (8) que as operadoras de plano de saúde não são obrigadas a cobrir procedimentos médicos que não estão previstos na lista da Agência Nacional de Saúde (ANS). Cabe recurso contra a decisão.
A Segunda Seção do STJ entendeu que o rol de procedimentos definidos pela agência é taxativo, ou seja, os usuários não têm direito a exames e tratamentos que estão fora da lista.
ABSURDO! No ano passado a receita das operadoras de plano de saúde cresceu 10 bilhões. Hoje o STJ desobrigou os planos de saúde de cobrirem exames e terapias fora da lista da ANS. Milhares de pacientes serão afetados em todo o Brasil! #RolTaxativoMata
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) June 8, 2022
Por 6 votos a 3, prevaleceu o entendimento do relator, ministro Luís Felipe Salomão, cujo voto foi proferido em sessões anteriores.
Ao definir que o rol é taxativo, o ministro entendeu que haveria um desequilíbrio nos contratos de plano de saúde se alguns usuários obtivessem na Justiça direito a coberturas que outros não têm. Isso afetaria o equilíbrio econômico do sistema de saúde complementar e aumentaria os custos para todos os usuários, segundo o ministro.
A lista de procedimentos e tratamentos obrigatórios da ANS foi criada em 1998 para estabelecer um mínimo de cobertura que não poderia ser negada pelos planos de saúde. O rol vem sendo atualizado desde então para incorporar novas tecnologias e avanços.
Desde então, é comum que usuários de plano de saúde busquem na Justiça o direito de as operadoras pagarem por procedimentos ou tratamentos que ainda não estejam previstos no rol da ANS. (com Agência Brasil)