Ministros garantem recursos para áreas afetadas pelas chuvas no Acre
Mais de 2,5 mil estão desabrigadas pela cheia do Rio Acre
Em visita à capital acreana, Rio Branco, os ministros da Meio Ambiente, Marina Silva, e da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes garantiram que o governo federal destinará recursos para sanar os estragos causados pelas chuvas, que afetam o estado desde a quinta-feira.(24). Góes disse que mais ações se tornaram possíveis desde que o governo federal homologou o estado de emergência em Rio Branco, em decreto assinado e publicado em edição extra do Diário Oficial da União na noite desse sábado (25).
O ministro acrescentou que técnicos da Defesa Civil nacional encontram-se no Acre para auxiliar outra cidades a também terem reconhecidas o estado de emergência e também acessarem uma maior ajuda federal.
Cidades acreanas como Epitaciolândia, Assis Brasil e Brasiléia também foram atingidas. Os servidores vão ajudar esses municípios a “realizarem os planos de trabalho para a solicitação de recursos federais para assistência humanitária, restabelecimento de vias públicas, pontes e até mesmo reconstrução das casas das pessoas atingidas pelo desastre”, disse Góes.
Acreana, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reforçou que o governo federal dará respostas “o mais rápido possível”.
Atingidos
Mais de 32 mil pessoas já foram afetadas até o momento pela cheia do Rio Acre, sendo que 2,5 mil estão desabrigadas ou desalojadas. Até a noite desse sábado, a medição do nível do Rio Acre marcava 16,37 metros, acima do patamar de transbordamento, que é de 14 metros, de acordo com informações divulgadas ontem pela Defesa Civil municipal. Neste domingo, as chuvas continuam.
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), agradeceu a visita da comitiva federal e se disse tranquilizado pela rapidez da ajuda vinda de Brasília. “Essa agilidade nos deixa muito tranquilo de que vamos ter o suporte necessário financeiro”, afirmou.
O governador Gladson Cameli (PP) ressaltou a importância de união em um momento de emergência, apesar de diferenças políticas. “Temo só um único propósito, que é tentar chegar com a mão do Estado até as famílias que estão mais necessitadas”, disse o mandatário estadual.
Não foram registradas mortes em decorrência das enchentes em Rio Branco. A capital do Acre está acostumada a conviver com o monitoramento do nível do rio e seus igarapés que cortam a cidade. Nos últimos dias, o nível das águas subiu com velocidade, mais de sete metros, devido às fortes chuvas que atingem as regiões Norte e Nordeste.
Somente em Rio Branco, foram registrados 203 milímetros de chuva na noite de sexta-feira (24), volume próximo ao esperado para todo o mês de março. Ao todo, os alagamentos atingiram 30 bairros. Segundo a Defesa Civil, 24 abrigos foram mobilizados para receber desabrigados (pessoas obrigadas a sair de casa e que não têm para onde ir).
Além do Acre, ao menos outros cinco estados também registram atingidos e desabrigados pelas chuvas e enchentes. Em Manaus, vídeos publicados em redes sociais mostram casa sendo arrastadas pelas águas, por exemplo. Outros estados atingidos foram Pará, Rondônia, Tocantins e Maranhão.
Até a noite de sábado, no Maranhão, por exemplo, o governo estadual já havia reconhecido situação de emergência em 49 cidades atingidas pelas chuvas e cheias. Ainda hoje, a comitiva do governo federal segue para Manaus, onde deve haver reuniões com autoridades locais e visitas a áreas atingidas. (com Agência Brasil)