O turismo ecológico no RJ
O turismo ecológico é uma opção para quem pretende descansar um pouco e sair de casa sem ter que enfrentar aglomerações
A pandemia tem adiado muitos planos e interferido em vários setores da economia no Estado do Rio de Janeiro. Um dos mais atingidos pelo isolamento social, decorrente da covid-19, sem dúvida, é o de turismo.
O setor é responsável por mais de 3,5% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, mas com a pandemia, no primeiro trimestre de 2020, já havia perdido mais de R$ 87,5 bilhões, de acordo com informações da Confederação Nacional de Comércio, Serviços, Bens e Turismo (CNC).
O turismo ecológico é uma opção para quem pretende descansar um pouco e sair de casa sem ter que enfrentar aglomerações.
Passadas as eleições, os gestores públicos devem dar mais atenção aos parques, praças e cenários verdes. Para que se possa imaginar melhor o futuro do turismo ecológico.
A procura por turismo ecológico vai aumentar muito em 2021. Teremos pessoas com vontade de experimentar conhecer melhor a natureza, principalmente, depois de terem ficado tanto tempo confinado.
Os gestores do turismo ecológico devem estar atentos para oferecer boa organização e protocolos de segurança de excelência.
Mesmo antes do surgimento da vacina contra a pandemia, a retomada das atividades turísticas ocorrerá de forma gradual e em etapas, assim como outras áreas da economia.
Com a impossibilidade de viagens internacionais ou muito distantes, dentro do país, os destinos dos que moram no Estado do Rio de Janeiro será o mais próximo possível.
A região serrana do Rio de Janeiro é excelente opção. Assim como o litoral fluminense.
Dados do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises revelam que 49% dos fluminenses pesquisados pretendem realizar alguma viagem de lazer até o final de 2020. E que 57% dos entrevistados pretendem fazer turismo dentro do próprio território onde vivem (RJ).
Dos cidadãos ouvidos, 66% preferem escolher lugares onde possam ter maior contato com a natureza.
Desses, 52% pretendem se hospedar em hotéis, pousadas e hostels . E, o principal meio de transporte para o destino escolhido será o próprio carro.
Com a paralisação das atividades, em março, por causa da pandemia, o setor de turismo no Brasil deixou de faturar R$ 41 bilhões, o que representa queda de 44% no faturamento do setor, em comparação ao mesmo período do ano passado (dados divulgados pela Fecomércio de São Paulo).
Apesar da flexibilização, o turismo não apresenta, no momento, sinais de que vai retomar, a não ser que haja o apoio dos governantes e responsáveis.
É importante que todos, políticos e empresários, além de ecologistas e profissionais ligados ao setor, fiquem atentos para a importância de preservar a natureza.
Com investimentos sérios e pontuais, que devem ser incentivados neste momento, será mais fácil virar a onda causada pelos prejuízos da pandemia.
As jornadas para locais remotos de natureza são uma das maneiras mais seguras de viajar no cenário pós-pandemia. Pois, nesses destinos as atividades são praticadas ao ar livre, as aglomerações são evitadas e o controle da higiene é mais fácil.
Mesmo assim, é importante que medidas sanitárias sejam adotadas por cada município, pois alguns desses locais, distantes dos grandes centros urbanos, têm pouca estrutura de saúde.
Usar a máscara também é fundamental. Mesmo que o turista esteja em lugares isolados. A higienização das mãos também é fundamental.
Os estabelecimentos comerciais ligados ao setor deverão disponibilizar assentos com distância de 1 metro e meio, álcool em gel nas mesas e para o uso de hóspedes e funcionários.
O conceito de turismo do isolamento chegou para ficar.
E, o contato com a natureza (estar perto das árvores, dos pássaros, ouvir o barulho das ondas ou da água dos rios) é uma experiência terapêutica para quem vive nas cidades grandes.
*Cientista político e porta-voz do Coletivo Rio Boa Praça.