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Maior acionista privado sugere nomes para a Eletrobrás

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Por GILBERTO MENEZES CÔRTES, [email protected]
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Publicado em 15/03/2021 às 15:34

Alterado em 15/03/2021 às 15:34

Fachada da sede da Petrobrás, no Centro do Rio foto: Reuters/Sergio Moraes

Demissionário, desde 24 de janeiro, da presidência da Eletrobrás, maior estatal do setor elétrico, quando aceitou o convite para dirigir a BR Distribuidora, privatizada no ano passado, com a diluição do controle da participação da Petrobras, Wilson Ferreira Junior, que foi aprovado pelo Conselho de Administração da BR, mas continua acendendo e apagando a energia na estatal, tem hoje um dos últimos atos formais de sua gestão, iniciada no governo Temer: apresentação do balanço de 2020.

Provavelmente vai contar um pouco do frustrado plano de privatizar a Eletrobrás, desde 2018, com a União pedindo mesa em aumentos de capitais, deixando acionistas privados assumirem o controle da companhia.

Até o momento, o presidente Jair Bolsonaro não indicou o substituto de Ferreira, que continua operando com dois chapéus e não foi dispensado de cumprir quarentena pela Comissão de ética Pública do governo.

Já que a União, que ainda é controladora, não botou as cartas na mesa, o Banco Clássico, controlado pelo bilionário João José Abdalla Filho, maior acionista privado da Eletrobrás, com 5,08% das ações ordinárias, através do Fundo FIA Dinâmica Energia, resolveu fazer seu lance e apresentou três nomes para a nova diretoria executiva da Estatal.

Para a presidência executiva JJ. Abdalla, que é também o maior acionista privado da Cemig, da Engie (grupo franco-belga) e da Petrobras, propôs o nome do engenheiro elétrico e economista Manuel Jeremias Leite Caldas. Autor de vários artigos publicados aqui no JB, Manuel Jeremias, formado em engenharia elétrica pelo Instituto Militar de Engenharia, conhece bem o setor elétrico e foi conselheiro da Eletrobrás.

Trio afinado desde o IME

Para diretor executivo financeiro, o Banco Clássico indicou o também engenheiro e economista José Bandeira de Mello Junior, que já foi diretor-financeiro da Cedae. O terceiro nome, para a diretoria operacional é do especialista em energia e ex-reitor da Universidade Federal de Itajubá (MG), que foi uma das primeiras escolas de Energia Elétrica e metalurgia do país, José Wanderley Marangon Lima.

O trio é afinado e disciplinado desde quando cursaram a mesma turma do IME, na segunda metade dos anos 70, e integraram o time de basquete da escola, da Praia Vermelha, na Urca, ao lado do bondinho do Pão de Açúcar.