Más intenções da Prefeitura na Zona Oeste
Ecologistas que estão de olho nas más intenções do prefeito Marcelo Crivella para derrubar a última floresta plana da Mata Atlântica na cidade para dar lugar a um autódromo de Fórmula 1, em Realengo, aproveitaram a incursão pela Zona Oeste e descobriram um novo pacote em gestação contra os cariocas.
A Comlurb teve impugnada, em fevereiro, pelo Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, a licitação para a escolha da empresa concessionária da expansão e gestão do Aterro Sanitário de Gericinó, na Zona Oeste da cidade, por ter feito uma concorrência via pregão eletrônico, contrariando o processo de edital com transparência e ampla participação pública.
Mas, durante a pandemia da Covid-19, a diretoria comandada por Paulo Mangueira trabalhou na surdina. E marcou um novo edital para a área a dois meses das eleições municipais que podem mudar tanto o comando da Prefeitura do Rio como o da própria companhia de limpeza urbana.
As razões da pressa são desconhecidas
Mas o TCMRJ deveria saber que: 1 - a área em questão está com a licença ambiental vencida e não renovada pela prefeitura; 2 - a última Audiência Pública para ouvir a comunidade de moradores no entorno do lixão de resíduos de construções urbanas foi realizada há 10 anos.
De lá para cá não só a cota do atual aterro cresceu tanto que quem transita pela Avenida Brasil em direção à Zona Oeste perdeu a vista do complexo penitenciário de Bangu. A própria expansão urbana desordenada diante da omissão das autoridades municipais, acrescentou no entorno do lixão uma população de, pelo menos, três mil pessoas.
E a população só não cresceu mais porque ano passado a Guarda Municipal derrubou mais um empreendimento das milícias que atuam na região: o assentamento de ruas e casas que já tinha avançado sobre área da prefeitura, reservada à expansão do lixão.