Carla Cepollina nega assassinato em depoimento

Por

Portal Terra

SÃO PAULO - A advogada Carla Cepollina voltou a negar que tenha assassinado o namorado, o coronel e deputado estadual Ubiratan Guimarães, 63 anos, no dia 9 de setembro de 2006. Ela prestou o primeiro depoimento como ré do processo na tarde desta segunda-feira no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo.

Carla afirmou que teria entregue a jaqueta errada à polícia e que alertou sobre o erro. Ela disse ainda que queria entregar a roupa certa, usada no dia do assassinato, para a perícia, mas a prova acabou prejudicada porque já havia se passado algum tempo do crime.

Segundo a acusação, Carla foi irônica e agressiva nas respostas dadas ao juiz Alberto Anderson Filho durante as três horas e meia de depoimento. O advogado da família de Ubiratan, Vicente Cascione, afirmou que "a gravidade dos fatos é muito forte. Ela não permite que se sustente uma mentira no ar". O promotor Luiz Fernando Vaggione disse estar certo de que Carla é a autora do crime.

Já para o advogado de defesa, Luiz Fernando Pacheco, ela respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas. Ele afirmou que o coronel tinha muitos inimigos e que a polícia teria criado "uma verdade e em cima disso tentou conseguir provas para manter sua tese". Pacheco anunciou ainda que a defesa pediu o afastamento do sigilo para mostrar "total transparência. Com isso, o caso não correrá mais em segredo de Justiça.

Carla chegou ao fórum às 15h. Ela entrou por uma porta lateral e não foi vista chegando ao local. Segundo funcionários, ela está com os cabelos mais curtos e pintados de loiro.