Mantega se diz contrário à proibição de corte nos gastos com segurança
Agência Brasil
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse há pouco que não concorda com o projeto aprovado hoje (13) no Senado, que prevê a proibição de cortes nos gastos orçamentários destinados à segurança pública.
"Não tenho simpatia por um projeto que amarre ainda mais o orçamento. Temos hoje 90% do orçamento com despesas reservadas, obrigatórias. Daqui a pouco teremos 100% do orçamento com despesas obrigatórias", disse, ao defender que medidas relativas a áreas importantes como a segurança "não podem ser tomadas no calor da emoção". O ministro se referia à morte de um menino de seis anos, arrastado no carro por assaltantes no Rio de Janeiro.
Mantega acrescentou: "Não devemos agir pela emoção. Devemos manter a razão, de modo que a legislação não venha a ser prejudicada".
O ministro defendeu "soluções sólidas" e informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já criou um grupo de trabalho e pretende discutir medidas em conjunto com governadores e prefeitos.
Ao deixar o plenário da Câmara dos Deputados, onde participou de debate sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com parlamentares, ao lado dos ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Casa Civil, Dilma Rousseff, Mantega disse que saiu satisfeito e disposto a acatar possíveis mudanças no programa, sugeridas pelos parlamentares.