Médicos do SUS anunciam paralisações relâmpago
Agência JB
BRASÍLIA - Como parte das atividades do Dia Nacional de Protesto, em defesa de melhores condições de trabalho, melhor remuneração e de uma saúde pública eficiente, entidades médicas anunciaram nesta quarta-feira, em São Paulo, um calendário de manifestações. Os profissionais entraram em estado de alerta e decidiram promover mobilizações até março, quando poderá ter início uma paralisação geral.
De acordo com o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), José Luiz Gomes do Amaral, serão feitas paralisações relâmpago em todo o país, de 30 minutos a duas horas. Os médicos estabeleceram prazo de três meses para que o governo se disponha a negociar com a categoria. Caso contrário, a paralisação poderá ser efetivada.
Mas, segundo Amaral, a população não ficará sem assistência, nem mesmo se houver a paralisação geral em março. - Já estamos trabalhando na possibilidade de organizar mutirões e buscarmos outras formas de assistência, de trazer médicos para o trabalho voluntário.
Com o lema 'Medicina brasileira exige respeito', os médicos reivindicam que o serviço público se torne eficiente na área da saúde; melhor atendimento à população; reajuste de 100% do montante destinado aos honorários médicos do Sistema Único de Saúde (SUS); piso de R$ 6.963,52 para 20 horas de trabalho; carreira de Estado e implantação de plano de cargos e salários para os médicos no SUS.
De acordo com Amaral, a mobilização tem o objetivo de deixar clara para a sociedade brasileira a posição dos médicos em relação às insuficiências do SUS. - Nós temos visto ao longo de todos esses anos uma deterioração progressiva do SUS. A gota dágua a que todos nós assistimos foi a aprovação, da forma como foi, da regulamentação da Emenda Constitucional número 29, totalmente desfigurada da proposta inicial.
Com informações da Agência Brasil