TJ-SP nega anulação do júri e Suzane Von Richtofen continua presa

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Portal Terra

SÃO PAULO - A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo negou nesta quinta-feira a apelação da defesa de Suzane Von Richtofen, que pedia a anulação do julgamento ocorrido entre os dias 17 e 22 de julho do ano passado, no qual a ré foi condenada a 39 anos e seis meses de prisão pela participação no assassinato de seus pais, Marísia e Manfred Von Richtofen. Com a decisão, o julgamento anterior permanece válido e Suzane segue o cumprimento de pena em regime fechado.

Além de Suzane, os irmãos Daniel e Christian Cravinhos foram condenados pelo crime no ano passado. Daniel, namorado de Suzane à época dos assassinatos, teve a mesma pena aplicada a Suzane, enquanto seu irmão, cumpre um ano a menos.

Durante o julgamento da apelação, a defesa de Suzane, feita pelo advogado Mauro Nacif, trouxe duas teses principais: que as perguntas feitas pelo juiz Alberto Anderson Filho ao júri foram confusas e que o julgamento aconteceu sem que a sentença de pronúncia tivesse transitado em julgado no Superior Tribunal de Justiça.

Segundo a defesa, em uma das perguntas, o júri concordou com a idéia de que Suzane cometeu o crime por não dispor de outra alternativa, o que, no entender do defensor, anularia o júri.

Nenhuma das duas teses foi aceita pelos desembargadores que participaram do julgamento.

Ao contrário da defesa de Suzane, a advogada Gislaine Jabour, que defendeu os irmãos, não pediu a anulação do júri, mas sim a redução da pena de seus clientes.

As justificativas foram de que Christian Cravinhos não havia furtado bens da família Richtofen, mas que esses bens teriam sido entregues a ele, o que foi rechaçado, já que Suzane teria dado a eles bens que não pertenciam a ela, mas sim à sua família.

Outro, que o crime não aconteceu por motivo torpe, já que na cabeça de Daniel, sua namorada era mal tratada pelos pais. - Na cabeça dele, esse foi o motivo que o levou ao crime - disse ela.