Lindemberg começa a ter contato com presos, diz advogada
Portal Terra
SÃO PAULO - O jovem Lindemberg Alves, 22 anos, preso por manter refém as meninas Eloá Cristina Pimentel e Nayara Silva, ambas 15 anos, e acusado pela morte da primeira, vai começar a ter contato com outros presos da Penitenciária II de Tremembé, segundo a advogada Ana Lúcia Assadi.
De acordo com a advogada, Lindemberg passou por um período de observação, comum a todos os presos. Ainda segundo ela, a partir do próximo final de semana, o jovem poderá receber visitas na penitenciária.
O Tribunal de Justiça de São Paulo informou ontem que o juiz José Carlos de França Carvalho Neto aceitou integralmente a denúncia feita pelo promotor Antônio Nobre Folgado contra Lindemberg pelo seqüestro que durou mais de 100 horas em Santo André, na região do ABC paulista, e acabou com a morte da ex-namorada Eloá Cristina Pimentel da Silva, 15 anos.
De acordo com o Ministério Público, Lindemberg foi denunciado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) de Eloá; tentativa de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) em relação ao disparo contra Nayara; e tentativa de homicídio qualificado (para assegurar a execução de crimes) contra o sargento da Polícia Militar Atos Antonio Valeriano.
Lindemberg foi, ainda, denunciado cinco vezes por cárcere privado qualificado em relação a Nayara (duas vezes), a Eloá e aos jovens Victor e Iago, mantidos reféns no primeiro dos cinco dias do seqüestro. Ele também foi denunciado quatro vezes por disparo de arma de fogo em lugar habitado.
Lindemberg fez a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel da Silva, 15 anos, refém no apartamento da família dela por mais de 100 horas. Ele invadiu o imóvel na tarde do dia 13 de outubro, uma segunda-feira. A adolescente estava no local com a amiga Nayara Rodrigues da Silva, 15 anos, e dois colegas de escola. Os meninos foram liberados naquela noite, e Nayara, no dia seguinte, após 33 horas. Ela retornou ao cativeiro na quinta-feira, onde permaneceu até o desfecho do seqüestro. A ação terminou com as duas meninas baleadas. Eloá não resistiu e teve morte cerebral confirmada pelos médicos no sábado.