Lula classifica vitória de Obama como 'extraordinária'
Portal Terra
BRASÍLIA - O presidente Luís Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta feira que é "extraoridinário" que o candidato Barack Obama, primeiro negro a concorrer à Presidência dos Estados Unidos com chance de eleição, tenha conseguido sair vitorioso das urnas.
De acordo com ele, a vitória do democrata tem um grande significado para a democracia, mas lembrou que é preciso aguardar o início do governo de Obama, uma vez que "há uma diferença muito grande entre ganhar uma eleição e governar um país como os Estados Unidos".
Na avaliação do presidente Lula, a campanha de Obama foi baseada em expectativas de mudança em relação aos oito anos da gestão de George W. Bush. Ele espera que o novo presidente norte-americano possa trabalhar em torno de uma relação mais forte dos Estados Unidos com os países da América Latina, possa articular um acordo de paz no Oriente Médio e encerrar o bloqueio econômico a Cuba.
"Acho que é um feito extraordinário a eleição do primeiro negro na história dos Estados Unidos, sobretudo uma pessoa que tem demonstrado a competência política que o futuro presidente Obama tem demonstrado. Espero que ele tenha uma relação mais forte com a América Latina, com a América do Sul, com o Brasil, e com a África. Espero que ele tenha a possibilidade de fazer, finalmente, um acordo de paz no Oriente Médio, porque já fazem décadas e décadas que se tenta e não dá certo", comentou o presidente, após participar de cerimônia pela revitalização do bosque em homenagem aos parlamantares constituintes.
De acordo com Lula, da parte do governo brasileiro, o País vai continuar buscando parcerias produtivas com os Estados Unidos, a fim de diminuir o nível de pobreza da população. "Vamos continuar construindo essa parceria produtiva que temos com os Estados Unidos. Espero que ela possa melhorar com o governo Obama".
Ao comentar a vitória do candidato democarata, Lula aproveitou para lembrar que os países devem se articular, por exemplo, para acabar com os subsídios agrícolas que impedem que países emergentes possam comercializar com nações desenvolvidas. "Espero que se construa, aqui, mais desenvolvimento e possibilidade de investimento nos países mais pobres, o fim dos subsídios agrícolas e fim do bloqueio à Cuba."