SP: termina sem acordo sessão que votaria aumento de policiais civis
Agência Brasil
SÃO PAULO - Terminou sem acordo a sessão plenária da Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp) que avaliaria o Projeto de Lei Complementar 59, elaborado pelo governo do estado, que prevê aumento de 6,5% para os delegados da Polícia Civil em 2009 e de 6,5% para 2010. A sessão terminou na madrugada de hoje (5). O projeto havia sido aprovado na tarde de ontem (4), sem emendas, nas Comissões de Segurança Pública e de Finanças e Orçamento.
Como o projeto recebeu emendas durante a sessão, voltará novamente para as comissões. Segundo a assessoria de imprensa da Alesp, dois congressos de comissões haviam sido convocados hoje para avaliar o projeto, mas não ocorreram por falta de quorum.
Em comunicado na internet, a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp) diz que a bancada de sustentação do governo , maioria na Assembléia, tentou ontem manter o quorum das comissões e aprovar os projetos do governo sem emendas.
A oposição, no entanto, acrescenta a Adpesp, manteve-se firme e incansável, obstruindo a votação, pedindo recontagem de quorum, lendo vagarosamente o voto em separado e até ameaçando suspender a sessão por falta de água . Os partidos de oposição têm manifestado apoio aos policiais civis, que estão em greve em todo o estado desde o dia 16 de setembro.
Quatro projetos de lei complementar (57, 58, 59 e 60), que tratam especificamente da carreira policial em São Paulo, foram enviados pelo governo à Assembléia no dia 21 de outubro e tramitam em caráter de urgência a pedido do governador José Serra.
Os policiais civis do estado de São Paulo reivindicam reajuste de 15% para este ano e 12% em 2009 e mais 12% em 2010. Eles pedem também incorporação do adicional de local de exercício ao salário, aposentadoria especial e reestruturação da carreira.