STJ autoriza PF a prender integrantes do Judiciário

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Luiz Orlando Carneiro, JB Online

BRASÍLIA - O Superior Tribunal de Justiça limitou-se a informar, até o início desta tarde, que o inquérito 589/ES, que gerou a Operação Naufrágio, da Polícia Federal, corre em segredo de justiça, sob a relatoria da ministra Laurita Vaz, e investiga "o suposto envolvimento de desembargadores, juiz, advogados e servidora pública, dentre outros, em crimes contra a

administração pública e a administração da Justiça, perpetrados de modo reiterado e organizado". Informações oficiosas, no entanto, dão conta de que foram presos o presidente do Tribunal de Justiça estadual, desembargador Frederico Guilherme Pimentel; seus colegas Elpídio José Duque e Josenider

Varejão Tavares; o juiz Frederico Pimentel Filho; a diretora do TJES,

Bárbara Sarcinelli; o advogado Paulo José Duque, filho do desembargador

Elpídio José; e um procurador do estado.

Conforme a nota da assessoria de imprensa do STJ, a ministra Laurita Vaz decretou os mandados de prisão por terem surgido, no curso do inquérito, evidências de nepotismo no Tribunal de Justiça capixaba, expediente que teria servido como elemento facilitador das ações delituosas dos investigados que, assim, poderiam contar com a colaboração de parentes e afins empregados em cargos estratégicos".

No acompanhamento processual, constante do site do STJ, não constam os nomes dos indiciados, o que é de praxe em processos sob segredo de justiça. Só os advogados dos envolvidos têm acesso ao processo, que é o primeiro totalmente digitalizado, ainda de acordo com a informação oficial do tribunal.