Beira-Mar: regime disciplinar é fábrica de louco

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Portal Terra

SÃO PAULO - Em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da TV Record, o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, falou pela primeira vez à imprensa desde que foi preso na Colômbia em 2001. Beira-Mar reclamou das condições do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) a que é submetido na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Segundo ele, seria uma "fábrica de fazer louco e monstro". Ele reclama da distância dos familiares. Entre biológicos e adotivos, ele tem 11 filhos.

Mais magro, falando de dentro de sua cela, Beira-Mar afirmou que deseja estudar Direito à distância, o que ainda não foi possível por não ser autorizado a acessar a internet.

O traficante demonstrou desejo de voltar a cumprir pena no Rio de Janeiro, pela proximidade da família, mesmo reconhecendo não ser a atitude mais lógica. - Emocionalmente falando, eu preferiria voltar para o Rio, porque lá está a minha família, e eu estaria perto. Mas racionalmente, eu preferia não voltar ao Rio - conclui.

Segundo a Justiça, Beira-Mar seria responsável por uma rede tráfico de drogas com ramificações no exterior, chegando a controlar mais de 70% de toda a cocaína vendida no Brasil. Mesmo preso e submetido ao RDD, Beira-Mar ainda controlaria seus negócios ilícitos, que seriam administrados por diversos comparsas e parentes.