Unicamp termina ciclo de questões dissertativas
Portal Terra
SÃO PAULO - Com o término da 2ª fase do vestibular da Unicamp nesta quarta-feira se encerra também um ciclo de 24 anos dos exames aplicados pela universidade. A partir do próximo ano, a principal modificação na aplicação do concurso vestibular da instituição está na substituição das questões dissertativas pelas questões de múltipla escolha.
A 1ª fase da avaliação trará perguntas com respostas de múltipla escolha e três redações. Saem as 12 questões dissertativas e entram 48 de múltipla escola. A duração da prova passa de 4 para 5 horas. A 2ª fase terá 3 dias de provas e não os atuais 4 dias com 3 provas com 24 questões cada.
Para o coordenador executivo do Comvest, Renato Pedrosa, as mudanças no formato na aplicação das provas não trarão diferenças na forma de avaliar os candidatos e futuros alunos da Unicamp. "A interdisciplinaridade será ampliada", conta.
Segundo ele vai ser mantida a tradição da universidade com exigência de muita leitura, candidatos afinados com os conteúdos das disciplinas, que saibam escrever e se expressar e que estejam preparados para ingressar na universidade.
O candidato a Engenharia Elétrica Guilherme Scafe, 16 anos achou as provas de Matemática e Inglês fáceis. Eles gostou dos testes que em sua maioria exigiam concentração para o acerto.
"Não sei se vou conseguir entrar este ano, (Engenharia) Elétrica está bem competitiva mas estou bem confiante em bons resultados", disse ele. Quanto ao Inglês, ele achou a prova bem simples.
Rafael Ramazzina, 16 anos, e Renata Godoy, 17 anos, são treineiros em Medicina e acharam as duas provas sem complicações para quem conhece e estuda as disciplinas. "Acho que as mais difíceis foram Química e Física", opinou Rafael.
"Eu gosto das provas da Unicamp. Sempre estudei as provas anteriores, tentando fazer as questões, por isso acho que conheço o jeitão do vestibular", contou Mariana Bezzan, 17 anos, que tenta vaga em Artes Visuais.
"Algumas questões de Química, Física e Biologia estavam impossíveis", opinou a treineira Débora Borges, 16. Segundo ela, muitos temas aplicados na prova ainda não foram estudados por quem ainda não terminou o Ensino Médio. "Mas no ano que vem vai ser para valer", afirma.