DF: deputada do DEM deixa CPI que investiga suposto esquema de propina

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Agência Brasil

BRASÍLIA - A deputada distrital Eliana Pedrosa (DEM) comunicou hoje (28) sua saída da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que vai investigar o suposto esquema de propina no governo do Distrito Federal. A parlamentar justificou o desligamento em cumprimento ao príncipio da proporcionalidade.

A renúncia da deputada ocorreu porque Alírio Neto (PPS), ex-presidente da CPI, foi substituído por Geraldo Naves, que também é do DEM, partido ao qual era filiado o governador José Roberto Arruda (sem partido), apontado como líder do esquema.

"Para não haver questionamentos quanto ao resultado da CPI, é melhor que não haja dois deputados do DEM", disse Eliana à imprensa. Ela foi secretária de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do governo Arruda. A deputada retomou o mandato no momento em que se instalou a crise na capital federal com as revelações da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que investiga o suposto esquema de corrupção.

No último dia 26, Alírio Neto deixou a presidência da CPI, dando lugar a Naves, como membro da comissão. Alírio Neto deixou o Bloco Democrático Popular, coligação entre PMDB e PPS, que lhe concedia o direito de ocupar uma cadeira na CPI. Apesar de ex-secretário de Justiça do governo Arruda, o deputado tem sido pressionado pelo seu partido, o PPS, para adotar a posição da legenda a favor da apuração das denúncias de pagamento de propina a distritais e o afastamento de Arruda.

Com a saída de Eliana Pedrosa, a CPI será formada por Batista das Cooperativas (PRP) - presidente interino, Raimundo Ribeiro (PSDB) - relator, Geraldo Naves (DEM) e Paulo Tadeu (PT), único da oposição ao governo. Ou seja, mesmo com a saída de Eliana Pedrosa, o governo vai controlar a comissão.