Senado: punição para fraude ainda será estudada

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Jornal do Brasil

BRASÍLIA - Os cinco servidores do Senado que fraudaram a folha de horas extras poderão ser demitidos, caso a comissão de sindicância aberta para investigar o caso assim o decida. A informação foi anunciada pelo primeiro-secretário da Casa, Heráclito Fortes (DEM-PI), que no entanto demonstrou certa flexibilidade ao analisar os atos dos funcionários.

Os cinco registravam horas extras na folha de ponto do computador de suas casas, sem efetivamente, estarem no Senado trabalhando. Segundo boletim administrativo, dois deles Cecília Rodrigues Torres e Rafael Aun Ming, trabalham no gabinete do senador José Nery (P-SOL-PA) e um trabalha no Prodasen: Daniel Agostinho dos Reis Júnior. O boletim não informou, no entanto, onde os outros dois Gustavo Henrique Fidelis Taglialegna e Paulo Springer de Freitas estão lotados.

Heráclito Fortes lamentou a atitude, mas disse que, por ele, não haveria a punição máxima de demissão para os funcionários, apenas uma suspensão.

São jovens em estágio probatório. É lamentável porque esses concursos são disputadíssimos, conquistar uma vaga é um privilégio disse, minimizando a prática, que chamou de fraqueza . É a cultura do serviço público. Tem gente que faz do serviço público um bico. Vem aqui, bate o ponto e depois vai ter as suas atividades. Tem gente que acumula função, que trabalha aqui e tem boutique, sapatarias. (Com agências)