Pai de Eliza diz ter 'sensação horrível' ao ver Bola em delegacia
Portal Terra
BELO HORIZONTE - O pai de Eliza Samudio, Luiz Carlos Samudio, disse nesta quinta-feira, ao sair do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP), em Belo Horizonte (MG), que viu o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado pela polícia como executor da mulher. "Como todo assassino, me pareceu um homem frio. Foi uma sensação indescritível, horrível", afirmou. A defesa do ex-policial nega o crime. Bola ficou calado nos depoimentos à polícia mineira.
Samudio disse que Bola não o viu. Ele esteve no local para se reunir com delegados que investigam o desaparecimento da ex-amante do goleiro Bruno. O atleta e mais sete suspeitos do caso foram levados ao DIHPP hoje para procedimentos de identificação.
Luiz Carlos disse ainda que vai processar o defensor de Bruno, Ercio Quaresma, pelas declarações de que Eliza estaria viva e por ter incluído a jovem como testemunha no processo referente ao sequestro e lesão corporal contra Eliza no Rio, em 2009.
"É um drogado louco. Tem que provar o que diz. Inclusive trazer a Eliza, já que ele disse que ela está viva", afirmou. Samudio disse ainda que os delegados afirmaram que o inquérito está em fase final de relatório à Justiça.
O pai de Eliza disse também que sai do DIHPP "convicto" da participação de Bruno no crime. "As provas que a polícia tem são robustas, muito claras, da participação de todos os envolvidos", disse seu advogado, Sergio Barros da Silva.
Samudio afirmou ainda que quer que o Flamengo deposite em juízo o dinheiro que o clube supostamente deve a Bruno. Quaresma disse que o jogador teria cerca de R$ 1 milhão em salários atrasados.
Sobre o filho de Eliza, cujo pai seria Bruno, Samudio afirmou que vai lutar pela guarda do neto, e ainda criar uma organização para defender o cumprimento da Lei Maria da Penha, além de processar o governo do Rio por não dar proteção à mulher em 2009.