Justiça nega embargo e obras de Jirau serão retomadas dia 11

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BRASÍLIA - As obras de construção da usina hidrelétrica de Jirau (RO) não serão embargadas pela Justiça do Trabalho. Nesta quinta-feira, após inspeção feita pelo juiz Afrânio Viana Gonçalves, foi definido que as obras serão retomadas a partir do dia 11 de abril. O juiz analisou pedido feito pelo Ministério Público do Trabalho, que solicitou o embargo da usina.

O pedido foi feito após inspeção realizada no canteiro de obras por fiscais do Ministério do Trabalho, que afirmaram ser inviável o prosseguimento dos trabalhos no momento. Foi constatado pela equipe que grande parte dos alojamentos, área de lazer, lavanderia, farmácia e a agência bancária da margem direita foram destruídos em 15 de março.

O juiz foi ao local com o procurador chefe do Ministério Público do Trabalho, Francisco José pinheiro Cruz, e com o auditor fiscal do Trabalho Juscelino José Durgo do Santos. Eles se reuniram com representantes da empresa e estabeleceram um cronograma para 11 de abril. A empresa Camargo Correa, responsável pela obra, deve montar lan houses e farmácias no canteiro de obras até 8 de abril.

Uma briga entre funcionários terminou em depredação e atos de vandalismo nas obras da usina hidrelétrica de Jirau. Após o desentendimento, houve atos generalizados de vandalismo e depredação do patrimônio da usina. Foram contabilizados pelo menos 45 ônibus e 15 carros de passeio queimados, além de 65 instalações totalmente danificadas, 15 alojamentos queimados, 20 danificados e outras 30 instalações queimadas.

Também foram registrados atos de vandalismo, como saques em lanchonete, loja de telefonia celular, áreas de lazer e em um caixa eletrônico de banco. Dos 18 mil funcionários que estavam no canteiro, cerca de 30 estiveram diretamente envolvidos nos atos de vandalismo, segundo a polícia. Houve ainda uma tentativa de incêndio contra um refeitório situado ao lado do rio Madeira, controlada pela PM.