Apesar da queda de mortes por Aids em SP, número ainda é grande
Apesar da queda na taxa de mortalidade por Aids no ano de 2010 registrada pelo Estado de São Paulo, ainda há muito trabalho pela frente, diz a coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids, Maria Clara Gianna. "Apesar das importantes reduções, temos ainda quase 9 mortes por dia, o que é um número bastante significativo", disse, sobre o balanço divulgado nesta segunda-feira pela Secretaria Estadual de Saúde com base no boletim epidemiológico do Programa Estadual de DST/Aids.
Foram 3.141 óbitos no Estado no ano passado, o que representa um índice de 7,6 mortes por 100 mil habitantes. Em 2009, o número foi de 7,9. A incidência de Aids no Estado caiu pela metade na última década, no entanto, a razão de casos vem se mantendo em dois masculinos para cada um feminino. "Além disso, a aids ainda é a doença que mata mais pessoas entre 35 e 44 anos no Estado de São Paulo", lembrou ela.
Atualmente existem cerca de 100 mil pessoas em tratamento, sendo que cerca de 75 mil recebem o coquetel anti-aids gratuitamente do Sistema Único de Saúde (SUS). "Existem casos em que a incidência do vírus é baixa e a medicação não é necessária. Nessas situações fazemos um acompanhamento, o paciente refaz os exames a cada três meses", explicou a coordenadora.
"Acreditamos que a prevenção e a detecção precoce são as melhores maneiras de combater a epidemia. Quanto antes a pessoa descobre que está com o vírus, maiores são as chances de ela levar uma vida estável", disse Maria Clara. O exame que detecta o vírus HIV está disponível no SUS durante todo o ano.