Sindicato dos servidores da PF prevê dificuldades na segurança durante a Copa
O Sindicato dos Servidores da Polícia Federal (PF) em São Paulo manifestou hoje (17) preocupação com a segurança da Copa do Mundo de 2014. Segundo a entidade, as 1,2 mil vagas abertas por concurso, no final do ano passado para a PF, não serão suficientes para atender a demanda do evento internacional.
“Infelizmente este concurso não vai suprir a carência em nível nacional para nenhum dos cargos na Polícia Federl. Há uma deficiência muito grande no quadro hoje”, disse o presidente do sindicato, Alexandre Santana Sally.
De acordo com ele, em razão do reforço que será destinado às equipes que farão a segurança da Copa, as investigações de contrabando e entorpecentes terão de ser "desguarnecidas". O sindicato estima que o número de servidores da PF no país deveria ser multiplicado por três, para suprir a necessidade. “Mesmo que abram mais um concurso depois deste, prevendo os grandes eventos, não haverá tempo hábil para o treinamento e experiência dos novos integrantes”, destacou.
O concurso publicado no Diário Oficial da União no dia 9 de dezembro de 2011 prevê, em todo o país, a criação de 500 vagas para agentes da Polícia Federal, 100 vagas de papiloscopistas, 150 para delegados, 100 de peritos criminais federais e 350 vagas de escrivães. Para Sally, o concurso deveria prever, ao menos, 3,6 mil vagas.
De acordo com o Ministério do Planejamento, em 2012, as prioridades do governo em relação à autorização de concursos públicos são para educação, saúde, previdência social, e segurança pública, bem como nos atendimentos dos planos Brasil Maior, Erradicação da Pobreza e em grandes eventos, como Copa e as Olimpíadas.
“No planejamento da força de trabalho da Polícia Federal para os próximos anos, estuda-se o provimento escalonado de vagas para o atendimento das necessidades do órgão. As autorizações recentes para a Polícia Federal levaram em conta os quantitativos demandados pelo órgão e as políticas do governo federal na área de segurança, tais como o Plano Estratégico de Fronteiras e o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas”, disse o ministério, em nota.