Decisão do fim da greve dos técnicos das universidades não foi unânime
A greve dos dos técnicos administrativos das Universidades Federais está com os dias contados. Nesta quinta-feira (23), o ministério do Planejamento enviou uma proposta oficial, com todas as mudanças pedidas pelas entidades que representam os servidores em Brasília.
De acordo com a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), a minuta de acordo foi entregue pela manhã à entidade. Após diversas mudanças de redação, o último encaminhamento ao governo estava programado para ser feito ainda na noite desta quinta-feira.
O documento analisado e aprovado pelo Comando de Greve Nacional prevê que os técnicos receberão os 15,8% propostos pelo governo. Além disso, ficou acertado que ocorrerão mudanças na progressão salarial, em 2014 e 2015. Para trabalhadores em final de carreira, o reajuste pode chegar a 27%.
Em assembleias realizadas ao longo da segunda-feira e da terça-feira, os trabalhadores de 41 das universidades brasileiras apoiaram o fim da greve. Em 15 deles a decisão foi por manter a paralisação e em três delas não se posicionaram.
Dentre as universidades que rejeitaram o retorno ao trabalho está a Universidade Federal Fluminense (UFF). Pedro Rosa, diretor do Sindicato dos Trabalhadores dela, explicou que eles respeitarão a decisão da Fasubra, mas tomou algumas precauções: "O processo democrático foi respeitado, e continuará sendo assim. Mas temos uma assembleia marcada para terça-feira(23), em que nós vamos definir quando voltaremos ao trabalho. Mesmo com tudo encaminhado para o fim da greve, decidimos trabalhar com o real e não com o quase certo", declarou Rosa.