SC: 6 ônibus são incendiados na madrugada; ataques chegam a 35

Por Fabricio Escandiuzzi

Florianópolis - Na terceira madrugada de violência, Santa Catarina registou 13 novos ataques em pelo menos cinco municípios, de acordo com os últimos levantamentos oficiais. O número de atentados desde a segunda-feira chega a 35.

Seis ônibus foram queimados ainda na noite de quarta-feira, sendo três apenas na cidade de Tijucas. O primeiro caso ocorreu com um veículo que transportava de trabalhadores de uma empresa. Por volta das 23h20, o alvo foi um ônibus de turismo e, logo em seguida, um coletivo escolar da Prefeitura de Porto Belo, que estava na cidade, foi completamente destruído.

O caso mais grave ocorreu em Palhoça: homens invadiram um ônibus e atearam fogo no veículo antes que todos conseguissem descer. Um passageiro e o motorista do veículo ficaram feridos na confusão.

Os outros casos de ônibus incendiados ocorreram em Florianópolis, um em Palhoça e outro no município de Gaspar, no Vale do Itajaí. Duas bases da Polícia Militar foram atacadas por volta da 0h: uma em Balneário Camboriú e outra em São José, na região metropolitana.

Após os ataques, a empresa Canavieiras, que teve três ônibus incendiados desde segunda-feira, passou a circular apenas em comboios e com a escolta da Polícia Militar. Nesta quinta-feira, os horários das linhas são reduzidos devido ao feriado. Houve formação de fila pois as empresas interromperam as atividade e só voltaram a circular depois das 7h.

Violência em SC

A partir do dia 12 novembro, o Estado de Santa Catarina registrou uma série de atentados, com mais de 20 ataques contra ônibus e bases da polícia. Enquanto os coletivos foram alvos somente de incêndio, algumas bases policiais também foram alvejadas. Na região norte de Florianópolis, o carro de um policial civil foi incendiado. Ao todo, a polícia prendeu 27 suspeitos de participação nos crimes, sendo 12 adolescentes.

Na segunda-feira, dia 12, uma funcionária de uma empresa de administração prisional recebeu uma mensagem no celular que avisava sobre os ataques, que seriam uma represália a supostos maus tratos ocorridos dentro da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.

O secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, César Augusto Grubba, afirmou que os atentados ocorridos em Florianópolis podem ter sido uma imitação dos ataques ocorridos nos últimos dias em São Paulo, onde mais de 90 policiais foram mortos desde o início do ano.