Com possível veto de Dilma, Renan reage e defende gastos com passe livre

Por LucianaCobucci

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu a aprovação da proposta de passe livre para todos os estudantes brasileiros, matéria de sua autoria que foi subscrita por quase todos os senadores. Ao fazer um pronunciamento na tarde desta terça-feira, Renan respondeu às especulações de que a presidente Dilma Rousseff pode vetar itens da chamada “agenda positiva” por considerar que as propostas vão aumentar significativamente os gastos públicos.

Renan, numa nova “alfinetada” contra a presidente, disse que todos os gastos da proposta foram calculados e defendeu a aprovação da matéria. O peemedebista fez um balanço das votações finalizadas pelo Senado após o início das manifestações, que tomaram conta do País há cerca de um mês.

“A fonte vem do Orçamento Público, de suas prioridades, é exatamente o que está em xeque neste momento. As prioridades que estão sendo dadas ao dinheiro do povo, do público. A celeridade não é inimiga da responsabilidade. Ninguém abriu aqui a chave da inconsequência fiscal. Pelo contrário, tudo foi analisado. O Congresso Nacional tem responsabilidade e não vai enveredar por aventuras fiscais”, afirmou.

Tentando evitar passar a imagem de que o Congresso está trabalhando contra a vontade da presidente Dilma, Renan voltou afirmar que trabalha em parceria com o Executivo. Outra preocupação da presidente é o impacto financeiro que a derrubada de alguns vetos pode causar. Capitaneado por Renan, o processo de deliberação dos vetos presidenciais começa em 20 de agosto e o senador já afirmou que a intenção é manter aqueles que causam prejuízos ao erário.

“Projetos pendentes de estudo de impacto financeiro estão sendo analisados para serem deliberados já em agosto. Havendo necessidade, convocaremos sessões do Congresso Nacional a qualquer momento. Vivemos um novo momento, a sociedade muda, as leis precisam mudar, e o parlamento precisa ser mais ágil e objetivo como vem sendo nos últimos dias”, disse.